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CORREÇÃO DE COMPLICAÇÕES TROMBÓTICAS NO DISPOSITIVO AMPLATZER - RELATO DE CASO

Patricia Ferreira Alves Casimiro, Beatriz de Lima Vitório Ferreira, Caio Cesar Cardoso, Dirceu Oscar Faelli Junior
UNINOVE - São Paulo - SP - Brasil

INTRODUÇÃO: O Forame Oval Patente é uma condição que envolve a persistência de comunicação entre átrios direito (AD) e esquerdo (AE) após o nascimento, ocorrendo em 10 a 15% da população geral. O tratamento médico padrão para tal quadro é o fechamento percutâneo  transcateter por dispositivo de comunicação interatrial (CIA), no qual o dispositivo oclusor é inserido e expandido na fossa oval do paciente, impedindo o fluxo sanguíneo entre as câmaras cardíacas. Há evidências de formação trombogênica em decorrência do dispositivo, podendo resultar em embolia sistêmica e, consequentemente, acidente vascular cerebral ou ataque isquêmico transitório e oclusão arterial aguda. Este relato de caso objetiva descrever e analisar potenciais causas da formação de trombo na face atrial direita, a fim de informar profissionais da área sobre tal acontecimento.

MÉTODOS: Foram instaurados anticoagulantes em controle com ecocardiograma após 4 semanas de tromboembolismo pulmonar, sem resolução do trombo no oclusor Amplatzer. Logo, optou-se por cirurgia cardíaca aberta para remoção de trombos, retirada do dispositivo de oclusão  percutâneo e fechamento do defeito septal atrial resultante por teflon.

RESULTADOS: Foram observadas complicações decorrente da oclusão de comunicação interatrial com dispositivo Amplatzer, devido formação de trombos no dispositivo. Esse problema pode levar, dentre outras complexidades, à embolia pulmonar e/ou sistêmica. A formação de trombos no dispositivo possivelmente tem correlação com a má inserção do oclusor e ao propício surgimento de trombos pelo histórico de obesidade da paciente. Além disso, o uso de terapia anticoagulante após a implantação da CIA ainda é controverso, pois mesmo que ocorra prevenção precoce da formação dos trombos, não há garantias prolongadas para tal conduta. Logo, o oclusor septal é uma das principais escolhas para o fechamento intervencionista de defeito do septo atrial, mas complicações de trombos, principalmente no AD, ainda são perceptíveis e não podem ser negligenciadas.

CONCLUSÃO: O caso mostra que, mesmo rara, a formação de trombos no dispositivo Amplatzer no AD pode ocorrer, sendo necessário intervenções cirúrgicas para evitar maiores complicações como embolismo pulmonar e sistêmico, cardiopatias congestivas obstrutivas, hipertrofia e distensão das câmaras cardíacas direita. Diante disso, espera-se que as complicações citadas ocorram cada vez menos a partir do refinamento estrutural do dispositivo e do estabelecimento de técnicas mais precisas de implantação do oclusor Amplatzer.

 

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