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Desvendando os Achados Cardiográficos em Atletas de Futebol

Alejandro Hidalgo
USCS - Univ. Municipal de S. C. do Sul - São Caetano do Sul - SP - BRASIL

Introdução:
A relação entre doenças cardiovasculares não diagnosticadas e a ocorrência de morte súbita cardíaca em atletas não é coincidência. Esse vínculo torna-se mais evidente durante a prática de esportes competitivos, com até 90% dos casos fatais ocorrendo durante treinos ou competições. Essas condições cardíacas se refletem em hipertrofia cardíaca concêntrica e excêntrica em atletas de futebol, destacando a complexidade das adaptações cardíacas específicas para esse tipo de exercício.

Objetivo:
Este estudo visa examinar os relatórios dos exames cardiológicos realizados como parte das avaliações pré-participação em atletas de futebol pertencentes a um clube profissional. O ênfase está na aplicação da cardiologia no contexto do exercício e da medicina esportiva, buscando identificar padrões comuns de alterações nos resultados desses exames.

Metodologia:
Trata-se de uma revisão bibliográfica de artigos científicos através da coleta de dados de agências governamentais, organizações de saúde, SciELO, PubMed, Scorpus. Foram selecionados apenas estudos científicos com alto índice de relevância, publicados nos últimos 10 anos. O enfoque específico recai sobre os achados cardiográficos encontrados na avaliação pré-preparatória de um time de futebol.

Resultados:
Diante desta revisão bibliográfica e análise de dados, foi possível avaliar as alterações cardiológicas nos atletas de alto rendimento. Foram incluídos 110 homens, todos eram atletas com idades entre 17 e 37 anos. 55,5% apresentaram bradicardia sinusal e 14,5% alteração na repolarização ventricular, 33,3% evidenciaram refluxo tricúspide mínimo e 45,7% apresentaram refluxo pulmonar fisiológico. O ecocardiograma apresentou alguns dados interessantes quando comparados à população adulta não atleta. No teste ergométrico, atingiram o estágio máximo 53,6% dos atletas e 46,4% interromperam o teste por cansaço físico. Em relação às arritmias, em 21,8% observaram-se extrassístoles ventriculares isoladas e raras e em 8,2% extrassístoles supraventriculares isoladas e raras.

Conclusão:
Em síntese, este estudo proporcionou uma compreensão abrangente dos achados cardiográficos em atletas de elite, destacando variações fisiológicas distintas em relação à população não atlética. Essa visão mais aprofundada desses padrões cardíacos contribui diretamente para a melhoria das estratégias de monitoramento e cuidado, garantindo a saúde cardiovascular desses indivíduos comprometidos com o alto desempenho esportivo.

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