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ANÁLISE DO DESEMPENHO DO ESCORE CRUSADE COMO PREDITOR DE SANGRAEMNTO NO PÓS-OPERATÓRIO DE CIRURGIA DE REVASCULARIZAÇÃO DO MIOCÁRDIO

KARLOS JENNYSSON SOUSA SOARES, VIVIAN LERNER AMATO, GUSTAVO BERNARDES DE FIGUEIREDO OLIVEIRA, CLAUDIO LEO GELAPE, RENATO TAMBELLINI ARNONI, MARIO ISSA
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução:A doença cardiovascular (DCV) é a principal causa de morbimortalidade global, com a doença arterial coronariana (DAC) como destaque. A cirurgia de revascularização do miocárdio é uma terapia crucial, mas suas complicações pós-operatórias, como sangramento, persistem como desafio. O escore CRUSADE, desenvolvido para avaliar risco de sangramento em pacientes com síndrome coronariana aguda, tem sido eficaz neste tipo de avaliação, sendo preferido por sua acurácia e relevância clínica. A identificação de pacientes de alto risco para sangramento antes da cirurgia é fundamental para implementar medidas preventivas e otimizar recursos. Surge, assim, a hipótese de estender o uso do escore CRUSADE para prever sangramento significativo em pacientes após a cirurgia de revascularização do miocárdio. Objetivo: Avaliar o desempenho do escore CRUSADE como um preditor de sangramento maior em pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio. Métodos: studo observacional, retrospectivo, avaliando pacientes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio isolada em 2016, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, utilizando dados de prontuários e bancos de dados, aplicando o escore CRUSADE a esses pacientes no pré-operatório. O desfecho primário foi a ocorrência de sangramento importante após a cirurgia de revascularização do miocárdio, definido pelo conceito BARC. A análise estatística abrangeu vários métodos, incluindo teste qui-quadrado, teste de Mann-Whitney, teste Qui-Quadrado de Pearson, teste exato de Fisher e medidas descritivas. O ambiente de programação R foi utilizado, com um nível de significância de 5% em todos os testes. Resultados: 398 pacientes foram submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio, mas apenas 223 prontuários continham informações completas, sendo excluidos 175 pacientes. A média de idade dos pacientes foi de 62,4 anos, com 26,9% de mulheres e 73,1% de homens. As correlações de Spearman não mostraram relações significativas entre drenagem total e idade, peso, presença de diabetes, doença vascular periférica ou insuficiência cardíaca congestiva. No entanto, houve correlações positivas moderadas com hematócrito de base e creatinina. A drenagem total não se correlacionou significativamente com o escore CRUSADE. Conclusão: O escore CRUSADE, aplicado a pacientes no pré-operatório de cirurgia de revascularização do miocárdio, não teve um bom desempenho como preditor de sangramento maior nessa população estudada.

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