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ABORDAGEM TRANSAPICAL PARA INTERVENÇÕES NAS VÁLVULAS AÓRTICA E MITRAL: A EXPERIÊNCIA DE UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

KARLOS JENNYSSON SOUSA SOARES, LEILA NOGUEIRA BARROS, FELIPE REALE CIVIDANES, JOSE HONORIO DE ALMEIDA PALMA, FABIO BISCHELI JATENE
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A doença da valvar cardíaca é um problema de saúde significativo que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. As válvulas aórtica e mitral são as mais frequentemente afetadas, e a terapia convencional consiste na substituição ou no reparo cirúrgico dessas válvulas. Entretanto, a cirurgia convencional da válvula pode estar associada a riscos significativos e pode não ser uma opção viável para alguns pacientes de alto risco. Recentemente, o acesso transapical para o tratamento da doença da válvula cardíaca foi amplamente estudado e pode ser uma alternativa segura e eficaz à cirurgia convencional. O acesso transapical envolve a introdução de dispositivos de válvula por meio de uma pequena incisão no ápice do coração, permitindo o acesso direto à válvula afetada.

Objetivo: O objetivo deste artigo foi avaliar a eficácia e a segurança do acesso transapical para o tratamento de doenças das válvulas aórtica e mitral.

Metodologia: O banco de dados do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (InCor-HCFMUSP) foi avaliado quanto aos dados relacionados a todos os procedimentos transapicais realizados entre janeiro de 2019 e julho de 2023). Foram avaliados os desfechos clínicos, como mortalidade em 30 dias, leak paravalvar e gradiente intra-operatórios, em 30 dias e em um ano.

Resultados:Foi realizado 137 procedimentos transapicais no período estudado, 56% TAVI, 31% Valve-in-valve mitral e 13 % Valve-in-valve aórtica. A idade média dos pacientes operados foi de 74,32 anos e um EuroScore médio de 7,14. A mortalidade em 30 dias foi de 8,4%, maior em 2021 com 18% de mortalidade naquele ano e menor em 2023 com 0% de mortalidade. Nos pacientes submetidos a TAVI, o gradiente médio após 30 dias e 1 ano ficou em torno de 10mmHg sem presença de leak paravalvar significativo.

Conclusão: Apesar da alta gravidade pré-operatória dos pacientes e da morbidade relacionada a uma toracotomia para abordar o ápice do coração, a taxa de mortalidade foi aceitável, mostrando que esse procedimento é uma alternativa viável para esse tipo de paciente. Em geral, a abordagem transapical pode ser uma opção segura e eficaz para pacientes com doença valvar cardíaca que não são candidatos à cirurgia convencional ou à abordagem transfemoral tradicional. É importante que o paciente seja avaliado por uma equipe multidisciplinar para determinar se essa técnica é apropriada para o seu caso específico.

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