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IMPLANTE TRANSVALVAR AÓRTICO PERCUTÂNEO (TAVI) EM PACIENTE COM INSUFICIÊNCIA AÓRTICA GRAVE COM RISCO CIRÚRGICO PROIBITIVO À CIRURGIA CONVENCIONAL.

Augusto Pipolo, Frederico Lopes de Oliveira, Allex Cavallini Maccorin, Arthur Pipolo, Flavio Borges de Oliveira, Paulo Werner Bicalho Negri, Lizzi Naldi Ruiz , Elisa Barroso Frattini Ramos
Hospital Santa Helena - Goiânia - GO - Brasil

INTRODUÇÃO: Com o aumento da longevidade da população, a prevalência das doenças da valva aórtica acompanha a idade, sendo a Insuficiência Aórtica (IA) responsável pela incidência de até 2% dos indivíduos com mais de 70 anos e as comorbidades inerentes a essa faixa etária, são desfavoráveis para cirurgia. Nos últimos anos, o Implante Trans Valvar Aórtico (TAVI) revolucionou o tratamento da estenose aórtica, porém as evidências são escassas no tratamento para IA. OBJETIVO: apresentar um caso de IA grave uma paciente com risco proibitivo à cirurgia, submetida a TAVI. MATERIAIS E MÉTODOS: Paciente de 92 anos, sexo feminino, previamente hipertensa, iniciando quadro de Insuficiência Cardíaca por IA grave no último ano, considerada inoperável pela senilidade. Com várias internações nos últimos meses por IC descompensada, ECG apresentando FA com BRE; Eco com função ventricular preservada e IA importante; a decisão do Heart Team foi pela TAVI com a prótese auto expansível Evolut Pro 26mm com 9,2% de “oversizing” em “rapid paccing” por 48h para evitar o “pop-up”. Após TAVI, o paciente apresentou esperado bloqueio átrio ventricular total sendo submetida a implante de marca-passo definitivo. Apresentou importante melhora clínica e Eco no segundo PO com FE preservada e discreto leak paravalvar, tendo alta hospitalar 5 dias após o procedimento. DISCUSSÃO: Mesmo com os avanços no posicionamento das próteses na prevenção de embolização (“cusp overlap” e “shallow implants”), bem como a tecnologia de válvulas para evitar os leaks paravalvares (“saias de pericárdio”), a TAVI na IA ainda é um desafio devido a comum pouca/ausência de cálcio para ancoragem, impossibilidade de implantes rasos, além da necessidade de superdimensionamento das próteses para evitar o risco de embolizações, favorecendo assim os bloqueios átrio ventriculares avançados com necessidade de marca passo definitivo. Dessa forma, para evitar possíveis migrações das próteses, dá-se preferência às auto expansíveis (pela discreta expansão do Nitinol nas primeiras horas após liberação) e manutenção da estimulação do marca passo em uma frequência mais alta, na prevenção de sístoles e diástoles mais vigorosas, que pudessem deslocar as próteses tardiamente. CONCLUSÃO: O manejo de pacientes com IA grave e de alto risco cirúrgico continua a ser um desafio especial e mesmo “off-label”, o TAVI pode ser uma solução razoável para pacientes de alto risco cirúrgico, como no caso descrito.

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