Objetivo: Compreender os desafios no atendimento da população da angina refratária e identificar pontos passíveis de fortalecimento e como delinear o atendimento em teleconsulta com essa população.Método:Estudo prospectivo realizado em um hospital terciário com a participação dos pacientes em acompanhamento na Clínica de Coronariopatia Crônica. O impacto da angina refratária foi avaliada pelo Seattle Angina Questionnaire, a Adesão Medicamentosa pelo Adherence To Refills And Medications Scalee a navegação foi realizada em uma entrevista semi-estruturada em forma de navegação. A amostra não apresentou significância estatística e foi utilizada estatística descritiva para descrição dos seus resultados. Resultados: Foram incluídos 12 pacientes, em 69 teleconsultas, sendo que 7 apresentaram uma pontuação resumida o SAQ-7 pobre/razoável, porém foram os que relataram maior sensibilidade às condutas, mais aderentes ao modelo de atendimento e os que passaram por maior número de encaminhamentos para setores de emergência e à Atenção Primária à Saúde. As maiores demandas trazidas pela navegação eram pertinentes à atuação da equipe multiprofissional, contudo apenas 1 paciente relatou seguimento com alguma profissional multiprofissional e quase a totalidade dos pacientes apresentou barreiras de comparecer à consulta presencial. Conclusão: A navegação em enfermagem através da teleconsulta surge como uma ferramenta que pode superar a distância e a dificuldade de comparecimento do paciente às consultas, intervalos de 14 e 28 dias não apresentaram insatisfação e foram capazes de gerar vínculo. As principais necessidades foram de abordagem multiprofissional, orientações de seguimento aos serviços de emergência e atenção primária à saúde. Logo é uma população que tem sido desabastecida cronicamente e necessita do fortalecimento de políticas públicas.
Palavras chave: Teleconsulta ; Angina Refratária ; Enfermagem ; Navegação;