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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

CORRELAÇÃO ENTRE MARCADORES ECOCARDIOGRÁFICOS, LABORATORIAIS E ESPIROMÉTRICOS COM DESFECHOS DESFAVORÁVEIS EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Maria Clara Cavalcante Espósito, Meliza G. Roscani, Leticia A. Branco, Jaqueline B. Ambrosio, Daniel Vanzo, Gabriela Amigo, Renan S. Marinho, Audrey Borghi-Silva, Cassia L. Goulart, Fernanda F. Anibal
UFSCar - sao carlos - sp - brasil

Introdução: A Doença pulmonar obstrutiva crônica é uma doença progressiva, de alta mortalidade e morbidade. O conhecimento de preditores clínicos, ecocardiográficos e laboratoriais de desfechos desfavoráveis podem auxiliar na detecção de pacientes com maior gravidade da doença e implementação de estratégias terapêuticas. Objetivo do trabalho foi conhecer perfil clínico, epidemiológico e laboratorial dos pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e correlacionar com marcadores de desfecho desfavorável como morte e internação por exacerbação Métodos: Estudo prospectivo longitudinal em pacientes do ambulatório de pneumologia de hospital universitário que foram submetidos  à  avaliação clínica com anamnese e exame físico, espirometria, ecocardiograma transtorácico e coleta de exames laboratoriais, como D-dímero, N terminal pró-peptídeo natriurético tipo B (Nt-proBNP), cortisol, proteína C reativa (PCR) e PCR ultrassensível (PCR-s). Foi avaliada a qualidade de vida e os pacientes foram acompanhados quanto à presença de desfecho desfavorável por 1 ano de seguimento. Resultados: Foram incluídos 228 pacientes com idade média 71± 9 anos, 72% ex-tabagistas e 28% tabagistas ativos. 66,3% hipertensos e com fração de ejeção do ventrículo esquerdo 53±23%.  Houve correlação entre níveis elevados de PCR sérico e menor fração de ejeção do ventrículo esquerdo e níveis elevados de PCR-s e maior massa indexada do ventrículo esquerdo.  Na análise da Curva Característica de Operação do Receptor (curva ROC) valores de volume indexado do átrio esquerdo > 37 ml/m2 apresentaram área sobre a curva (AUC) de 0,9, 100% de sensibilidade e 70% de especificidade no desfecho internação. Valores de PCR > 7,9pg/mL apresentaram AUC de 0,72, 60% de sensibilidade e 78,3% de especificidade e de  Nt-proBNP > 779,8  AUC de 0,79, 75% e especificidade de 78,3 em relação ao desfecho internação. O teste de avaliação da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e a escala modificada de dispneia do conselho de pesquisa médica também apresentaram alta sensibilidade e especificidade na detecção de desfechos como óbito, internação e exacerbação dos sintomas. Conclusão: Houve correlação de biomarcadores (PCR e PCR-s) com marcadores ecocardiográficos e tanto valores de PCR, Nt-proBNP e VIAE apresentaram alta acurácia para detecção de necessidade de internação por exacerbação. Esses índices ecocardiográficos e laboratoriais são importantes para priorizar os indivíduos que necessitam de intervenção mais precoce e estratégias de reabilitação para a redução de desfechos desfavoráveis.

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