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Efeitos benéficos do inibidor de SGLT2 no músculo esquelético oxidativo de ratos infartados

SOUZA, L.M., Damatto, F.C., Santos, A.C.C., Pagan, L.U., Gatto, M., Murata, G.M., Zornoff, L.A.M., Okoshi, K., OKOSHI, M.P.
Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESP - Botucatu - SP - Brasil, Laboratório de Investigação Médica (LIM-29), Departamento de Clinica Medica - USP - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: Alterações musculares metabólicas, morfológicas e bioquímicas são comuns na insuficiência cardíaca crônica. A inibição da proteína co-transportadora de sódio e glicose tipo 2 (SGLT2) tem efeitos cardioprotetores, mas seu impacto no músculo esquelético ainda é pouco compreendido. Este estudo avalia os efeitos do inibidor da SGLT2 empagliflozina (EMPA) no músculo sóleo de ratos com insuficiência cardíaca induzida por infarto do miocárdio (IM). Métodos: Uma semana após indução do IM, ratos Wistar machos foram divididos nos grupos Sham (n=10), Sham+EMPA (n=12), IM (n=10) e IM+EMPA (n=09). EMPA foi adicionada à ração (5 mg/kg/dia) por 12 semanas. Após análise histológica do ventrículo esquerdo (VE), somente ratos com IM maior que 35% da área total do VE foram incluídos no estudo. A atividade enzimática e a concentração de marcadores de estresse oxidativo foram avaliadas por espectrofotometria, área seccional transversa por histologia e a expressão proteica por Western blotting. Análise estatística: ANOVA e Tukey. Resultados: O tamanho do infarto não diferiu entre os grupos. Ao final do estudo, os grupos infartados apresentaram maior diâmetros sistólico e diastólico do VE, área diastólica do VE (Sham 47 ± 7,1; Sham+EMPA 48 ± 4,5; IM 100 ± 16,1*; IM+EMPA 85 ± 10,1 mm2 #†; *p<0,05 vs Sham; #p<0,05 vs Sham+EMPA; †p<0,05 vs IM) e diâmetro do átrio esquerdo (Sham 5,62 ± 0,2; Sham+EMPA 5,65 ± 0,3; IM 7,69 ± 1,3*; IM+EMPA 6,85 ± 0,9 mm #†; *p<0,05 vs Sham; #p<0,05 vs Sham+EMPA; †p<0,05 vs IM); e menor velocidade de encurtamento da parede posterior do VE e fração de ejeção que os grupos Sham+EMPA e Sham. As alterações ecocardiográficas foram atenuadas no grupo IM+EMPA. A área seccional transversa do sóleo foi maior em IM+EMPA que IM e a expressão proteica da miosina de cadeia pesada (MyHC) tipo I foi menor no IM que no Sham. A expressão da MyHC tipo II foi maior no IM+EMPA que no IM. A atividade da glicose-6-fosfato-desidrogenase, citrato sintase e beta-hidroxi-acil-desidrogenase foi maior no IM que no Sham e não se alterou no grupo IM+EMPA. A concentração muscular de malonaldeído, a carbonilação de proteínas e a expressão proteica do fator nuclear 2 relacionado ao fator eritróide 2 foi maior, e a atividade da superóxido dismutase e a expressão da proteína 1 associada a ECH do tipo Kelch foi menor no grupo IM que no Sham. Estas variáveis não se alteraram no grupo IM+EMPA. Conclusão: A empagliflozina atenua a remodelação cardíaca e previne aumento do estresse oxidativo e alterações morfológicas e bioquímicas no músculo esquelético sóleo de ratos infartados.

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