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AVALIAÇÃO DO IMPACTO DOS BIOMARCADORES E DA FUNÇÃO DIASTÓLICA NA SINTOMATOLOGIA E NA QUALIDADE DE VIDA DE PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Gabriela Amigo Lopes Nunes, Renan Shida Marinho, Letícia Americano Branco, Maria Clara C. Esposito , Fernanda de Freitas Anibal, Fernanda Oliveira Duarte , Joice Margareth de Almeida , Jaqueline Bianchi Ambrosio, Stella Maris Firmino, Meliza Goi Roscani
UFSCar - São Carlos - São Paulo - Brasil

Introdução: A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é caracterizada por um processo crônico irreversível com limitação do fluxo aéreo e comprometimento da qualidade de vida (QV). Acredita-se que a presença de biomarcadores inflamatórios elevados pode se relacionar com a maior gravidade dos sintomas, com a maior prevalência de disfunção diastólica e com o prejuízo da QV em pacientes com DPOC. Objetivo: Analisar o impacto dos biomarcadores e da função diastólica na maior gravidade dos sintomas e na QV de pacientes com DPOC. Métodos: Pacientes atendidos no ambulatório de pneumologia foram submetidos à avaliação clínica, exame de espirometria e ecocardiograma transtorácicos, além de exames laboratoriais para a análise de biomarcadores sanguíneos proteína C reativa (PCR) e PCR ultrasensível, e aplicação dos questionários COPD Assessment Test (CAT) para análise do impacto da DPOC e o Questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória (SGRQ) para avaliar a QV. Para avaliar o grau de associação entre as variáveis foram aplicados os testes de correlação de Pearson para os dados normais e de Spearman para os não normais. Regressão linear simples foi realizada para avaliar associação entre função diastólica (variáveis velocidade do fluxo sanguíneo na fase de enchimento rápido/velocidade de deslocamento do anel mitral na fase de enchimento rápido=E/E') e QV. Nível de significância p ≤ 0,05. Resultados: Foram avaliados 20 indivíduos de idade média de 68±8 anos, com maior prevalência  do sexo masculino (60%), e de grau de obstrução grave VEF1%49±17. Encontramos correlações entre PCR ultrasensível mg/l e o SGRQ (R = 0,67; P= 0,008); PCR ultrasensível mg/l e o SGRQ Geral (%) (R = 0,70; P= 0,005); PCR ultrasensível mg/l e o CAT (R = 0,72; P= 0,008); PCR - mg/l e o SGRQ (Sintomas)  (R = 0,60; P= 0,031); PCR - mg/l e o SGRQ (Sintomas %)  (R = 0,60; P= 0,031);  PCR - mg/l e o CAT  (R = 0,83; P= 0,003). Na análise de regressão linear simples como preditor do CAT (R2 = 0,39; F = 8,56 (p = 0,014). Foi obtido a seguinte equação: CAT = -11,443 + (0,365* E Mitral). Na análise de regressão simples a disfunção diastólica avaliada pelo E/E' foi responsável por prejuízo na Qv através do  SGQR % (Geral) (R2 Ajustado = 0,248; F = 5,290 (p = 0,04). Foi obtido a seguinte equação: SGQR % (Geral) = 4,269+ (10,107* E sobre E linha Mitral). Conclusão: A elevação de biomarcadores como PCR e PCR ultrasensível são indicativos de  maior gravidade da doença, tanto em relação aos sintomas quanto QV. A presença de disfunção diastólica se associou a prejuízo na QV desses pacientes. 

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