SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Experiência Inicial com Implante de Valva Aórtica Transcateter em São José do Rio Preto

Antônio Hélio G Pozetti, Márcio Antônio dos Santos, Luiz Antônio Gubolino, Luciano F Trindade, Gabriela T Estrela, Carlos Alberto dos Santos, Antônio Carlos Brandi, Marcelo A Nakazone, Luiz Carlos V Júnior, Mauricio N Machado
FACULDADE MEDICINA DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO – FAMERP - - SP - BRASIL

Introdução: A estenose aórtica é uma condição cardíaca prevalente que pode levar a complicações graves se não tratada adequadamente. Tradicionalmente, a cirurgia aberta (troca valvar aórtica; TVAo) tem sido o padrão ouro para o tratamento desta patologia. No entanto, avanços recentes introduziram o Implante da Valva Aórtica Transcateter (TAVI) como uma alternativa eficaz e menos invasiva, nos diversos espectros de risco operatório. Objetivos: Avaliação dos desfechos clínicos dos pacientes submetidos a TAVI e a comparação com os pacientes tratados com TVAo para correção da estenose aórtica. Métodos: Foram analisados retrospectivamente, 302 pacientes submetidos ao tratamento isolado da estenose aórtica no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2023, em dois centros terciários na cidade de São José do Rio Preto-SP. Setenta e um pacientes foram submetidos a TAVI e 231 submetidos a TVAo. Foram avaliadas a mortalidade em 30 dias e a duração da internação hospitalar nos dois grupos de pacientes. Resultados: A maioria dos pacientes tratados era do sexo masculino e com fração de ejeção do ventrículo esquerda preservada, sem diferença entre os grupos. Os pacientes submetidos a TAVI eram mais velhos (80 vs 62 anos; P<0,001) e apresentavam a mortalidade predita pelo “Society of Thoracic Surgeons Risk Calculator (STS Short-term / Operative Risk Calculator) mais elevada (5,0 vs 1,3%; P<0,001) quando comparados aos pacientes submetidos a TVAo. Não houve diferença estatisticamente significativa nas taxas de insuficiência renal aguda (1,4 vs 1,7%; P=1,000), acidente vascular encefálico (7,0 vs 4,8%; P=0,543) e mortalidade em 30 dias (9,9 vs 4,8%; P=0,148). O grupo TAVI apresentou uma redução importante do tempo de internação hospitalar (3 dias [3 7 dias] vs 7 dias [5 11 dias]; P<0,001), em relação ao grupo cirúrgico. Os dados também demonstraram que o STS score subestima as taxas de óbito em nossos pacientes com uma mortalidade observada 2 vezes maior que a predita pelo referido escore (Taxa de Mortalidade Padronizada [média da mortalidade observada / média da mortalidade predita]. TAVI = 1,9 (9,9%/5,3%) e TVAo = 2,1 (4,8%/2,3%). Conclusão: Em nossa experiência inicial com a terapia transcateter, os pacientes submetidos à TAVI eram mais velhos, apresentavam maior risco pré-operatório e tiveram menor tempo de internação hospitalar, porém sem diferença na mortalidade em 30 dias quando comparado ao grupo de TVAo. O STS score, comumente utilizado para avaliação de risco operatório nesses pacientes, subestimou o risco de óbito nos dois grupos avaliados.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

44º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

30 de Maio a 01 de Junho de 2024