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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Revisão sistemática e meta-análise da acurácia diagnóstica do supradesnivelamento do segmento ST para diagnóstico de oclusão coronária aguda

José Nunes de Alencar Neto, Matheus Kiszka Scheffer, Bruno Pinotti Correia, Kleber Gomes Franchini, Sandro Pinelli Felicioni, Mariana Fuziy Nogueira De Marchi
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Objetivo: Avaliar a sensibilidade diagnóstica e a especificidade do supradesnivelamento do segmento ST em um ECG de 12 derivações na detecção de oclusão coronária aguda em qualquer artéria coronariana, desafiando o atual paradigma IAMCSST-IAMSSST. Métodos: Estudos do MEDLINE e Scopus (2012-2023) comparando achados de ECG com angiogramas coronários foram revisados e analisados sistematicamente seguindo as diretrizes PRISMA-DTA. O risco de viés foi avaliado pelo QUADAS-2. Seleção de Estudos: Os estudos incluídos focaram em pacientes com síndrome coronária aguda e forneceram dados que permitiram a construção de tabelas de contingência para cálculo de sensibilidade e especificidade, excluindo aqueles com condições não-SCA, critérios desatualizados de STEMI ou foco específico em bloqueios de ramo ou artérias coronárias específicas. Os dados foram extraídos sistematicamente e as estimativas de precisão dos testes agrupadas foram calculadas usando o software MetaDTA, empregando análises bivariadas para variação intra e inter-estudos. Os desfechos primários medidos foram a sensibilidade e especificidade do supradesnivelamento do segmento ST na detecção de OCA. Resultados: Três estudos com 23704 participantes foram incluídos. A sensibilidade agrupada do supradesnivelamento do segmento ST para detecção de OCA foi de 43,6% (IC 95%: 34,7%-52,9%), indicando que mais da metade dos casos de OCA pode não apresentar critérios de supradesnivelamento do segmento ST. A especificidade foi de 96,5% (IC 95%: 91,2%-98,7%). Uma análise adicional usando a estratégia OMI-NOMI mostrou sensibilidade melhorada (78,1%, IC 95%: 62,7%-88,3%) mantendo especificidade semelhante (94,4%, IC 95%: 88,6%-97,3%). Conclusão: Os achados revelam uma lacuna diagnóstica significativa no atual paradigma IAMCSST-IAMSSST, com mais da metade dos casos de OCA potencialmente ausentes de supradesnivelamento do segmento ST. A estratégia OMI-NOMI poderia oferecer uma abordagem diagnóstica aprimorada. A alta heterogeneidade e o número limitado de estudos exigem interpretação cautelosa e mais pesquisas em ambientes diversos.

 

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