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INTERVENÇÕES CARDIO-ONCOLÓGICAS PARA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES CARDIOVASCULARES EM NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS

Thaís Pesqueira Rodrigues , Priscila Nasser, Alessandra Costa de Lima, Henrique Godoy
9 DE JULHO - SÃO PAULO - SP - BRASIL

INTRODUÇÃO

 

As neoplasias mieloproliferativas crônicas (NMP), que incluem a policitemia vera (PV), a trombocitemia essencial (TE) e a mielofibrose primária (PMF). Estas doenças são relevantes devido à repercussão clínica nas doenças cardiovasculares.

O curso clínico das NMP é variável, como cerca de 1/3 dos pacientes sendo assintomáticos e com curso benigno da doença. No entanto, os demais pacientes apresentam sintomas na forma de emergências cardiovasculares devido a oclusão microvasculares e macrovasculares.

 A cardio-oncologia desempenha um papel crucial na prevenção, diagnóstico e tratamento de complicações cardíacas, visando melhorar a qualidade de vida e sobrevida, ressaltamos a importância de serviços especializados para o manejo dos pacientes.

 

MÉTODOS

 

Este foi um estudo de coorte retrospectivo de pacientes com NMP que foram tratados em um serviço de cardio – oncologia entre janeiro de 2020 e dezembro de 2023. Foram incluídos pacientes que fizeram pelo menos uma visita de acompanhamento documentada em prontuário eletrônico ou resumo de alta. A data índice foi a avaliação cardiovascular. Coletamos dados demográficos, fatores de risco (diabetes, tabagismo, dislipidemia, hipertensão arterial),doença arterial coronariana (DAC), insuficiência cardíaca (IC) e fibrilação atrial (FA).

 

RESULTADOS

 

Vinte e dois pacientes foram elegíveis para o estudo sendo 11 com TE (50,0%), 9 com PV (40,0%) e 2 com PMF (10,0%). A idade média da coorte foi de 63,0 anos (± 9,0) e 11 (77,0%) eram do sexo masculino. O encaminhamento para o serviço inclui DAC em 14 (63,0%), IC em 2 (10,0%), FA em 2 (10,0%). Todos os pacientes possuíam a mutação JAK2 V617F (100,0%). As comorbidades foram hipertensão arterial em 9 (41,0%), tabagismo 9 (41,0), dislipidemia em 7 (31,0%), diabetes em 5 (21,2%), sendo que 15 (68,3%) possuem fatores de risco.

Eletrocardiograma foi realizado em todos os pacientes sendo normal em 53,3% e os demais com alterações sugestivas de área inativa (n=10, 41,0%) ou FA (n=2, 10,0%). Estudo angiográfico de artérias coronárias estava disponível em 13 pacientes (59,0%), sendo que a presença de doença aterosclerótica foi observada em 7 (53,8%). Os demais exames apresentavam trombos em segmentos arteriais diversos, sem evidência de doença aterosclerótica. 

 

CONCLUSÃO

 

O estudo ressalta a relevância de abordagens cardio-oncológicas integradas, tendo em vista os desfechos clínicos. Assim, uma gestão eficaz desses pacientes requer uma análise holística que abarca medidas citoredutoras e antiagregantes plaquetários para mitigar os desfechos aterotrombóticos.

 

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