Introdução e/ou Fundamentos: As arritmias cardíacas costumam apresentar uma grande parcela nos atendimentos de emergência nas unidades de saúde, seja por conta de danos cardíacos diretos da mesma ou suas compliacações, como o desenvolvimento de embolia ou acidente vascular cerebral (AVC). Dentre estas, a Fibrilação Atrial (FA) é a mais predominante, sendo um importante problema de saúde pública, devido suas repercussões na qualidade de vida do indivíduo, especialmente quando temos uma baixa da adesão terapêutica. Desse modo, o estudo visa analisar operfil clínico e uso dos Anticoagulantes Orais (ACO) dos pacientes que são admitidos com fibrilação atrial no serviço de Emergências Cardiológicas em um hospital de referência cardiológica do serviço público no estado do Pará. Metodologia:Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, de caráter prospectivo e transversal através de uma ficha de avaliação inicial que será preenchida no momento da admissão. Resultados: A amostra desse trabalho foi composta de 79 pacientes,sendo a maioria dos sexo masculino; a idade desses participantes variou entre 27 e 95anos, com média aritmética de 67.7anos. Quanto ao tratamento a maioria não fazia uso de ACO prévio, cerca de 70% da amostra (*p = 0.0007), mesmo com altoCHA2DS2VASC quando avaliados clinicamente, sendo que mesmo quando orientados para retorno ambulatorial após agudização sintomática, apenas 45,6% realizou tal ato. Aos que já realizavam o uso de ACO previamente, a Rivaroxabana é predominante na escolha na terapia inicial, com 41,7% (*p<0.0001). Conclusão:Sabe-se que há um aumento da prevalência de FA, especialmente pelo envelhecimento da população e que tudo isso vem acompanhado do aumento da morbimortalidade atribuída à doença, potencializado pela baixa adesão ao acompanhamento ambulatorial, como demonstrado pelo estudo, evidenciando a necessidade de atividades de educação em saúde para aprimorar a relação médico-paciente.