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Avaliação do perfil de mulheres acometidas por infarto agudo do miocárdio – acompanhamento de um programa hospitalar multidisciplinar

Caroline Russo, Siomara Yamaguti, Leopoldo Piegas, Viviane Duarte, Juliana Mendonça, Priscilla Gabos, Caroline Censo
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução:Sabe-se que as SCA não são determinadas somente pelos fatores de risco não modificáveis, mas também pelo estilo de vida. Caracterizar a população feminina é substrato importante para que as equipes de saúde possam atuar nos diferentes níveis de atenção. Objetivo: Avaliar o perfil de mulheres internadas por infarto agudo do miocárdio com (IAMST) e sem supradesnivel do segmento ST (IAMSST) em um programa de multidisciplinar de acompanhamento.Método:Estudo retrospectivo de pacientes internados por IAM em um hospital privado de São Paulo, com internações de jan/2019 a dez/23. Foram incluídas pacientes com idade > 18 anos e diagnóstico confirmado de IAM. A análise estatística foi realizada de forma descritiva com números absolutos, porcentagens, médias e DP.Resultados: Foram atendidas 147 mulheres, sendo 37 IAMST, 99 IAMSST e 10 infartos evoluídos. A idade média foi de 82 anos ± 12,6, e o tempo de internação médio foi de 8,0 ± 8,6 dias. Em relação aos antecedentes pessoais, 74% eram hipertensas, 54% com dislipidemia, 38% com DM, 55% com obesidade ou sobrepeso, 18% tabagistas e 13% ex tabagistas. Em relação ao perfil lipídico, 19% apresentavam colesterol total >150mg/dL, 11% LDL>100mg/dL e triglicérides médio geral de 135mg/dL. 48% tinham obstrução > 50% na artéria DA, 43% na CD, 22% na CX e 2% no TCE. As propostas de tratamento variaram em 71% ICP, 21% tratamento clínico e 7,5% com tratamento cirúrgico. Em relação a dor referida na admissão, 81% referiram dor precordial, 10% dor epigástrica, 10% tiveram dispneia associada e 14% referiram sudorese importante. A intensidade da dor foi predominantemente leve (n=48). A taxa de mortalidade foi de 5,4% (n=8), sendo 75% mulheres com idade > 80 anos, com média geral de 83 anos. A média do tempo da internação até o óbito foi de 19,2 dias.Discussão: os dados analisados condizem com os achados da literatura, revelando mulheres com idade avançada e taxa de mortalidade maior do que quando comparada com a população do sexo masculino (1,2% de óbitos no mesmo serviço). Diferente da literatura, os sintomas referidos foram típicos, predominantemente precordialgia.Conclusão: Compreender que o perfil de mulheres que infartam é diferente do perfil masculino faz-se cada vez mais necessário, visto a diferença de idade, manifestação da doença e taxa de mortalidade descrita. As mulheres devem ser incluídas em grandes estudos, para que, reconhecendo as particularidades das características biológicas e socioeconômicas, as oportunidades terapêuticas sejam igualadas e a detecção da doença seja feita de maneira precoce.

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