SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Eficácia e segurança da denervação renal por radiofrequência em pacientes com hipertensão resistente: Uma meta-análise

L. E . R. Sobreira, F. Bezerra, F. Kelly, V. Sano, A. Lôbo , A. Menegaz, F. Moraes, V. Morbach , F. Consolim-Colombo
Universidade Federal do Pará - Altamira - PA - BRASIL, Universidade Anhembi Morumbi - sjc - SP - BR , INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL, UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE - RIO BRANCO - AC - BRASIL

Introdução: Diversos estudos foram publicados avaliando o uso da denervação renal por radiofrequência (DRR) no tratamento de pacientes com hipertensão arterial resistente (HAR). Essa técnica consiste em um procedimento minimamente invasivo que visa interromper a atividade dos nervos renais via ablação. Entretanto, sua eficácia e segurança com cateter via radiofrequência ainda não foi elucidada. Essa meta-análise tem por objetivo investigar a eficácia da denervação renal por radiofrequência (DRR) comparado com sham ou anti hipertensivos.  

Metodologia: Foi realizada uma busca nas bases de dados da PubMed, Embase e Cochrane, por ensaios clínicos randomizados que compararam a redução da pressão arterial entre a denervação renal por radiofrequência (DRR) e o sham ou tratamento padrão em pacientes com HAR. Os dados foram reunidos usando um modelo de efeito fixo, e os resultados foram dados em diferença de média (DM) e  risco relativo (RR), com 95% de intervalo de confiança (IC). A heterogeneidade entre os estudos foi calculada pelo I2. Todas as estatísticas foram realizadas usando o R software(version 4.0.3).

Resultados: Ao todo foram incluídos 8 ensaios clínicos randomizados, composto por 934 pacientes (557 do grupo RDN e 377 do grupo controle).  O seguimento dos estudos variou de 6 meses até 84 meses, a média de idade variou entre 53 a 64.5 anos e com 349 pacientes portadores de diabetes tipo 2. A DRR foi associada com redução significativa da pressão sistólica ambulatorial (DM: -6.25 mmHg, 95% IC: -8.83; -3.67, P<0.001, I2= 52%), assim como na diastólica ambulatorial (DM: -2.67 mmHg, 95% IC: -4.38; -0.95, P=0.002, I2=50%) comparado com grupo controle. De maneira semelhante, houve redução significativa da pressão diastólica de consultório (DM: -5.11 mmHg, 95% IC: -9.19; -1.02, P=0.014, I2=72%). Não houve diferença estatística em relação à pressão sistólica de consultório (DM: -9.50 mmHg, 95% IC:-20.54; 1.54, P=0.092, I2=87%), aos efeitos adversos secundários (RR: 1.86, 95% IC: 0.66; 5.26, P=0.240, I2= 50%) e à crise hipertensiva (RR:1.10, 95% IC: 0.55; 2.22, P=0.780, I2=0%).

Conclusões: Esta meta-análise demonstrou a eficácia do uso da DRR na redução da pressão arterial global ambulatorial e pressão diastólica de consultório, e não apresentou aumentos de efeitos adversos secundários e crise hipertensiva. Esses achados demonstram o potencial uso da DRR no tratamento de pacientes que possuem hipertensão arterial resistente.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

44º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

30 de Maio a 01 de Junho de 2024