Introdução: A fragilidade é uma condição altamente prevalente nos pacientes com Insuficiência cardíaca podendo impactar em diversos aspecto da vida, inclusive no funcionamento sexual. Objetivo: Avaliar a associação entre a função sexual e a fragilidade em pessoas com Insuficiência cardíaca. Método: Estudo observacional, prospectivo de corte transversal, realizado no ambulatório de Insuficiência Cardíaca da Universidade Federal de São Paulo. A amostra deste estudo foi composta por 150 pacientes, 102 homens e 48 mulheres, com Insuficiência cardíaca, com idade superior a 18 anos, classe funcional I e II da New York Heart Association. Não foram incluídos pacientes com barreiras de comunicação, pacientes que tiveram internação nas últimas 4 semanas, mulheres grávidas ou mulheres que estiverem amamentando. Para avaliação da função sexual foram utilizados os questionários FSFI (Female Sexual Function Index), e o questionário MSFI (Male Sexual Function Index). Para avaliação de Fragilidade foi utilizada a Edmonton Frail Scale (EFS). Os dados foram coletados por meio de uma entrevista realizada pela pesquisadora principal. A pesquisa foi submetida ao CEP da Universidade com aprovação sob o número parecer nº 5.465.301. Resultados: Na análise da função sexual feminina foi identificado baixo escore de funcionamento sexual, com piores escores em relação a excitação e orgasmo nas mulheres e nos domínios de excitação sexual e ereção nos homens. No que diz respeito a fragilidade foi identificado maior prevalência de pessoas sem fragilidade (38%) ou aparentemente vulnerável (34%), Fragilidade leve, moderada e severa foram responsáveis por 27,9% da amostra. Houve associação significativa entre os domínios de funcionamento sexual com a classificação da fragilidade, onde os pacientes com fragilidade moderada e leve tiveram piores escores de funcionamento sexual quando comparado com aqueles aparentemente vulneráveis e sem fragilidade (p< 0,05). Conclusão: Foi identificado que quanto maior o nível de fragilidade dos pacientes com IC, pior foi o nível de funcionamento sexual, reforçando a importância de programas de reabilitação cardiopulmonar e acompanhamento interprofissional nesta população.