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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Papel da liraglutida na cardiotoxicidade e nas modificações da microbiota intestinal induzidas por doxorrubicina em ratos

Carolina Rodrigues Tonon, Marina Gaiato Monte, Paola Silva Balin, Natalia Fernanda Ferreira, Anderson Seiji Soares Fujimori, Ana Paula Dantas Ribeiro, Katashi Okoshi, Leonardo Antonio Mamede Zornoff, Sergio Alberto Rupp de Paiva, Bertha Furlan Polegato
FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU - - SP - BRASIL

Introdução: As neoplasias são uma das principais causas de morbimortalidade em todo o mundo. Apesar da doxorrubicina (dox) apresentar excelente atividade antioneoplásica, apresenta a cardiotoxicidade como seu efeito colateral mais temido, podendo limitar o tratamento. O microbiota intestinal tem sido relacionada à fisiopatologia das doenças cardiovasculares. Os análogos de GLP-1 (Glucagon like peptide-1) como a liraglutida tem mostrado benefícios cardiovasculares e também pode alterar a microbiota intestinal. Objetivo: Avaliar o papel da liraglutida na modulação da microbiota intestinal e na atenuação da cardiotoxicidade em ratos tratados com doxorrubicina. Métodos: 62 ratos Wistar machos foram alocados em 4 grupos: Controle (C), Dox (D), Liraglutida (L) e Dox + Liraglutida (DL). Os ratos dos grupos L and DL receberam injeão subcutânea de liraglutida 0,6 mg/kg diariamente por 14 dias. Após 12 dias do início do tratamento, os ratos dos grupos D e DL receberam injeção intraperitoenal de dox 20 mg/kg. Todos os animais foram submetidos ao ecocardiograma 48 horas após a injeção de dox e o estudo do coração isolado foi realizado em metade dos animais. Foram coletadas as fezes dos animais antes da eutanásia. Análise estatística: GLM, ANCOVA e PERMANOVA, considerando p<0,05 como significância estatística. Resultados:  Os ratos tratados com dox apresentaram disfunção cardíaca, tanto ao ecocardiograma quanto no coração isolado. A liraglutida não foi capaz de atenuar essa disfunção (tabela). Observamos redução do filo Bacteroidota nas fezes dos animais dos grupos D e L em comparação ao grupo C e aumento do filo Pseudomonadota nos grupos D e DL quando comparados com os grupos C e L. A alfa-diversidade foi semelhante entre os grupos. A beta-diversidade foi diferente entre os grupos C, D e L, porém não diferiu quando comparado os grupos D e DL (figura).  A concentração fecal de ácidos graxos de cadeia curta foi menor nos animais tratados com dox, sem nenhum efeito da liraglutida (figura). Conclusão: Dox causou cardiotoxicidade e alterou a composição e atividade da microbiota intestinal, porém essas alterações não foram prevenidas ou atenuadas pela liraglutida.

 

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