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ESTUDANDO A FUNÇÃO SEXUAL EM PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA CARDÍACA

Lanay Dourado dos Anjos, Ana Paula Freitas de Aguiar, Erika da Silva Abuchaim, Camila Takao Lopes, Juliana de Lima Lopes, Vinicius Batista Santos
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução: A atividade sexual é um importante aspecto da qualidade de vida, entretanto mais da metade das pessoas com insuficiência cardíaca compensada apresentam dificuldades com a função sexual e estão menos satisfeitas com sua sexualidade do que pessoas saudáveis. Objetivo: Avaliar a função sexual em pessoas com Insuficiência cardíaca. Método: Estudo observacional, prospectivo de corte transversal, realizado no ambulatório de Insuficiência Cardíaca da Universidade Federal de São Paulo. A amostra deste estudo foi composta por pessoas com Insuficiência cardíaca, com idade superior a 18 anos, classe funcional I e II da New York Heart Association. Não foram incluídos pacientes com barreiras de comunicação, pacientes que tiveram internação nas últimas 4 semanas, mulheres grávidas ou mulheres que estiverem amamentando. Para avaliação da função sexual foram utilizados os questionários FSFI (Female Sexual Function Index), e o questionário MSFI (Male Sexual Function Index). Os dados foram coletados por meio de uma entrevista realizada pela pesquisadora principal. A pesquisa foi submetida ao CEP da Universidade com aprovação sob o número parecer nº 5.465.301.  Resultados: Na análise da função sexual feminina foi identificado um escore médio do instrumento FSFI de 13,65 pontos, com piores escores em relação a excitação e orgasmo e na análise da função sexual masculina o escore médio foi de 18,17 pontos com piores escores nos domínios de excitação sexual e ereção. Na análise complementar da função sexual, a maioria dos pacientes se consideravam sexualmente mais ativos antes do diagnóstico da IC (88,7%), quase metade dos pacientes (48%) referiram que os medicamentos estavam relacionados aos problemas sexuais vividos e 50,7% referiram problemas de ordem emocional que afetaram sua atividade sexual. Somente 22% dos pacientes receberam orientações de saúde por um profissional de saúde sobre a vida sexual na IC e apenas 27,3% disseram estar informados sobre os efeitos da Insuficiência cardíaca em sua vida sexual. Conclusão: Pessoas com IC tem função sexual prejudicada principalmente nos domínios excitação e ereção nos homens e excitação e orgasmo nas mulheres.  O estudo também reforça a importância do aconselhamento sexual nas consultas de rotina, pois são frequentemente negligenciadas as orientações de saúde na vida sexual a essas pessoas.

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