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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

AVALIAÇÃO DA COMPLEXIDADE FARMACOTERAPÊUTICA DE PRESCRIÇÕES MÉDICAS DE PACIENTES COM DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

Denise Kuhlmann Duques, Mariana Cappelletti Galante, Ana Lúcia Rego Fleury de Camargo
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL

Introdução: A adesão de pacientes ao tratamento da doença arterial coronariana (DAC) é essencial para prevenir eventos agudos, reduzir a mortalidade e melhorar sintomas. Porém, complexidade terapêutica, comorbidades e baixo letramento funcional em saúde podem impactar a adesão à farmacoterapia. Assim, este estudo se propõe a avaliar se nesses casos a complexidade da terapia é alta a ponto de justificar a orientação farmacêutica. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional, com prescrições de pacientes que receberam alta das enfermarias de Coronariopatia Crônica e Aterosclerose de um hospital terciário especializado em Cardiopneumologia em São Paulo, entre agosto e outubro de 2023. As prescrições analisadas foram classificadas por quantidade de medicamentos (1 a 5, 6 a 10, e 11 ou mais), sexo e idade do paciente; a complexidade terapêutica foi avaliada através da ferramenta Índice de Complexidade da Farmacoterapia (ICFT). Aplicou-se o teste de Shapiro-Wilk para avaliar a normalidade da distribuição da amostra. Resultados: Avaliaram-se 48 receitas de alta de 33 pacientes do sexo masculino (68,75%) e 15 do sexo feminino (31,25%) com média de idade de 63,2 anos [desvio-padrão (DP) = 9,32; mínimo: 40 anos; máximo: 82 anos]. As prescrições continham, em média, 9,27 medicamentos (DP = 2,92); o ICFT médio foi de 23,72 pontos (DP = 9,48), com mínimo de 8,50 (1 prescrição com 5 medicamentos) e máximo de 43,00 (4 prescrições, com 12–14 medicamentos). O ICFT médio foi de 10,80 (1–5), 19,96 (6–10) e 34,09 pontos (≥ 11 medicamentos). Houve diferença no ICFT de prescrições com número de medicamentos igual. O teste ANOVA de duas vias mostrou correlação entre a quantidade de medicamentos em uso e o ICFT calculado (p < 0,001), mas não entre sexo e ICFT da prescrição, bem como não apresentou correlação entre o ICFT e a interação quantidade de medicamentos e sexo do paciente. Tampouco foi demonstrada correlação entre idade e ICFT ou deste em relação à interação idade e quantidade de medicamentos. A análise post-hoc de Sidak revelou que a quantidade de medicamentos prescritos aumentou o ICFT dos participantes do sexo masculino; entretanto, não houve diferença estatisticamente significativa entre as prescrições das pacientes do sexo feminino classificadas em 1–5 e 6–10 medicamentos, apenas destas quando comparadas às prescrições com ≥ 11 medicamentos. Conclusão: A alta complexidade terapêutica das prescrições de pacientes com DAC, especialmente elevada nas com 11 ou mais medicamentos, justifica o emprego da orientação farmacêutica visando ao aumento da adesão medicamentosa. 

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