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Válvulas balão-expansíveis vs. autoexpansíveis no TAVI com dispositivos de nova geração: análise do registro brasileiro

Fernando Luiz de Melo Bernardi, Alexandre Abizaid, Fábio Sândoli de Brito Jr., Dimytri Alexandre Siqueira, Pedro Lemos, Rogério Sarmento-Leite, Fernanda Mangione, Guy Fernando de Almeida Prado Junior, George César Ximenes Meirelle, Henrique Barbosa Ribeiro
INSTITUTO DO CORAÇÃO DO HCFMUSP - - SP - BRASIL, HOSPITAL BENEFICÊNCIA PORTUGUESA - - SP - BRASIL, HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - - SP - BRASIL, INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL, HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Introdução: Ainda existem dados conflitantes sobre os resultados clínicos do implante transcateter de válvula aórtica (TAVI) usando válvulas balão-expansíveis (BEV) e autoexpansíveis (SEV). O objetivo foi comparar os resultados hospitalares do TAVI realizado com próteses BEV e SEV de nova geração em uma população do mundo real.

Métodos: Estudo retrospectivo utilizando dados do registro brasileiro de TAVI. Todos os procedimentos consecutivos de TAVI em valva aórtica tricúspide nativa utilizando válvulas de nova geração foram incluídos. Foram excluídos procedimentos transapicais. Os pacientes foram analisados de acordo com o tipo de prótese implantada (BEV vs. SEV). Foram feitas comparações não ajustadas e após ajuste por escore de propensão. O desfecho primário foi mortalidade hospitalar. Os desfechos secundários incluíram complicações vasculares maiores, sangramento grave ou com risco de vida, qualquer acidente vascular cerebral e novo implante de marca-passo.

Resultados: Foram incluídos na análise 1.706 pacientes de 25 centros, 887 no grupo BEV e 819 no grupo SEV. A média de idade foi de 80,7±7,2 anos e 48,9% eram mulheres. O grupo SEV apresentou maior proporção de pacientes do sexo feminino (53,5% vs. 44,6%, p=<0,001) e mais comorbidades, resultando num EuroSCORE-2 mais elevado (3,4 [2 – 6,4] vs. 4,5 [2,5 – 8,2], p <0,001). A prótese Sapien S3/Ultra (Edwards Lifescience, Irvine, CA, EUA) e a Evolut R/PRO (Medtronic, Minneapolis, MN, EUA) representaram 97,8% e 72,6% dos casos de BEV e SEV, respectivamente. Pré e pós-dilatação foram mais comuns para SEV (ambos p<0,001). Embolização protética, necessidade de uma segunda prótese e oclusão coronária foram raras, mas mais frequentes com SEV. Não houve diferença na mortalidade hospitalar não ajustada (BEV=3,6% vs. SEV=4,8%, p=0,27) e após pareamento por escore de propensão (3,5% vs. 5,0%, p=0,16). Também não houve diferenças significativas entre os grupos em complicações vasculares, sangramentos, acidente vascular cerebral e necessidade de novo marca-passo. Regressão logística ajustada por sexo, EuroSCORE-2 e acesso vascular também indicou mortalidade semelhante entre ambas as válvulas (OR 1,22, p=0,4). Análise de sensibilidade incluindo apenas os casos de Sapien S3 e Evolut R/PRO demostrou resultados consistentes com a análise primária.

 

Conclusão: Em pacientes de mundo real submetidos a TAVI no Brasil, os procedimentos realizados com próteses BEV e SEV de nova geração tiveram resultados hospitalares comparáveis.

 

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