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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Preditores de desfecho desfavorável em pacientes acompanhados em ambulatório de insuficiência cardíaca multidisciplinar: seguimento de 2 anos

Dutra, JVS, Souza, IR, Cruz, GA, Firmino, SM, Duarte, FO, Rodolpho, JMA, Ambrosio, JB, Casale, G, Anibal, FF, Roscani, MG
Hospital Universitário da UFSCar - São Carlos - SP - Brasil, Universidade Federal de São Carlos - São Carlos - SP - Brasil

Introdução: Insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome complexa, que, mesmo com melhor arsenal terapêutico, permanece com altos índices de morbidade e mortalidade. Dessa forma, índices laboratoriais e ecocardiográficos, que possam ter boa acurácia em predizer desfechos em pacientes que iniciam seguimento, podem ajudar em estratégias terapêuticas individualizadas e seguimento mais estreito desses pacientes. O objetivo desse estudo foi identificar preditores ecocardiográficos e laboratoriais de desfecho desfavorável em pacientes com IC. Métodos: Estudo de coorte em pacientes do ambulatório multidisciplinar de IC, que foram submetidos à avaliação clínica, ecocardiograma transtorácico e dosagem de exames laboratoriais nos primeiros 3 meses de seguimento e foram acompanhados para desfecho desfavorável (morte, internação por IC ou necessidade de intervenção cirúrgica) nos primeiros dois anos de seguimento ambulatorial. Resultados: Foram avaliados 93 indivíduos de idade média de 63±13anos, com maior prevalência do sexo feminino (58%) e de média de fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) de 46±16 %, sendo que 31 pacientes (33%) apresentaram desfecho desfavorável. Os marcadores que tiveram boa acurácia de acordo com a curva operacional padrão para predizer desfechos desfavoráveis foram os índices de função diastólica: índice de volume do átrio esquerdo (IVAE; AUC=0,66; p=0,04), E/E’mitral (AUC=0,73; p=0,01), E’mitral lateral  (AUC= 0,66; p=0,02) e de exame laboratorial: hemoglobina (AUC=0,74; p=0,008). A análise de regressão logística mostrou que a hemoglobina foi preditora independente de pior prognóstico (p=0,03). Conclusão: Pacientes com sinais de aumento da pressão de enchimento do VE no ecocardiograma e com valores menores de hemoglobina nos primeiros 3 meses de seguimentos ambulatorial apresentaram maior risco de desfechos desfavoráveis ao longo do seguimento ambulatorial de 2 anos. Estratégias terapêuticas farmacológicas e de reabilitação individualizadas devem ser preconizadas para redução de eventos desfavoráveis nesses pacientes. 

 

 

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