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Indicadores de qualidade na Terapia Renal Substitutiva Continua sensíveis de enfermagem: Análise descritiva em pacientes cardiológicos

Jean de Jesus Souza , Isabela Gomes Musa dos Santos , Mauricio Thiago Goncalves Almeida , Karoline Razimavicius Barbado, Natalia Balestra
HOSPITAL SIRIO LIBANÊS - - SP - BRASIL

Introdução: A Injúria Renal Aguda (IRA) se trata de um grave problema de saúde pública mundial e prevalente especialmente entre os pacientes criticamente enfermos, embora seja uma síndrome multifatorial com insultos inflamatórios, nefrotóxicos e isquêmicos, a necrose tubular aguda devido à diminuição da perfusão renal é conhecida como o principal fator fisiopatológico, diante disso, pacientes cardiopatas quando descompensados apresentam fator risco importante devido a baixo débito cardíaco que influencia na perfusão renal. Aproximadamente 5% a 20% dos pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) vão desenvolver IRA, dos quais aproximadamente 6% exigirão alguma forma de Terapia Renal Substitutiva, sendo a Terapia Renal Substitutiva Continua (TRSC) opção devido à gravidade dos pacientes. O presente estudo objetivou analisar os indicadores de qualidade na TRSC em pacientes cardiológicos. Método: Estudo de coorte, retrospectivo, em uma UTI cardiológica de São Paulo, de janeiro/2022 até dezembro/2023. Incluídos pacientes adultos que utilizaram TRSC, com diagnóstico de internação primário cardiológico. Os dados foram coletados através de análise de prontuário e visita clínica. Os indicadores de qualidades em TRSC sensíveis de enfermagem: Downtime, dose prescrita x dose ofertada, manutenção do cateter e desfecho. Aprovado sob número CAAE 74694123.7.0000.5461. Resultados: 24 pacientes utilizaram TRSC, sendo 62% (n=15) por choque cardiogênico, 8% (n= 2) Infarto agudo do miocárdico, 21% (n=5) Insuficiência Cardíaca descompensada, 8% (n=2) pós-operatório de cirurgia cardíaca, 75% (n=18) sexo masculino, 25% (n=6) sexo feminino, idade mediana 76 anos, mediana do SAPS 3 de 52. O indicador de qualidade de TRSC é referente a cada filtro utilizado, no prazo médio de 72 horas, a amostra foi composta por 106 terapias, a mediana de terapia é de 4 por paciente, variando de 1 até 20. A mediana de downtime de 2h30, totalizando 7 intervenções para troca do acesso venoso, 5 por piora infecciosa não confirmada por hemocultura e 2 por mau funcionamento do cateter. A variação de dose prescrita x dose ofertada mediana de 0,8. O desfecho de 46% (n=11) foi alta hospitalar, 8% (n=2) seguem em internação hospitalar e 46% (n=11) evoluíram a óbito. Conclusão: O conhecimento, análise e interpretação correta dos indicadores de qualidade de TRSC permeiam a qualidade e segurança da assistência à saúde, faz-se necessário empoderar a equipe de enfermagem de tais domínios para atuação de qualidade e redução de impactos negativos aos pacientes, família e instituição de saúde.

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