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CARDIOPATIA ISQUÊMICA GRAVE EM PACIENTE JOVEM: RELATO DE CASO

Maria Eduarda Cézar Kollet, Alana Miguel de Fraga, Sofia Lisboa Lazzarotti, Alice Santos Melo da Silva, Daniel Pereira Kollet
Universidade Luterana do Brasil - ULBRA - Canoas - Rio Grande do Sul - Brasil

INTRODUÇÃO 

A doença cardíaca isquêmica, causada pela obstrução das artérias coronárias pela aterosclerose, pode levar a complicações graves como infarto, AVC e morte súbita. No Brasil, a Sociedade Brasileira de Cardiologia registra uma morte a cada 45 segundos por essas condições. Fatores de risco como obesidade, sedentarismo, hipertensão, dislipidemia, tabagismo e diabetes agravam as doenças cardiovasculares desde a infância, impactando a saúde cardiovascular. A doença arterial coronariana, evidenciada por dor no peito, pode evoluir para infarto. Globalmente, as doenças cardiovasculares lideram as causas de morte, afetando a qualidade de vida, a capacidade física e o tempo de internação hospitalar.

RELATO

Paciente masculino, 29 anos, sobrepeso, comunicação interventricular corrigida na infância, portador de hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia familiar. Chegou ao hospital com queixas de dor torácica típica aos esforços e exame de ergometria positivo para isquemia. Com isso, foi realizado cateterismo e constatado estenoses severas difusas médio distais na artéria coronária circunflexa (ACX) e na artéria descendente anterior (ADA), além da oclusão e da recanalização medial da artéria coronária direita (ACD). Após, paciente seguiu internado, e  foi encaminhado para cintilografia do miocárdio, onde foi encontrado um severo déficit perfusional reversível em segmentos laterais anteriores e apical do VE, perfazendo aproximadamente 23% da extensão centricular analisada. Além disso, FE em 50%, e atingiu somente 50% da FC máxima preconizada em 6min pelo protocolo de Bruce, com dor anginosa e alteração eletrocardiográfica. Foi então submetido a tratamento de angioplastia coronária (ACTP) de ACX com 2 stents, além de angioplastia coronária na ACD com implante de 5 stents (Sirolimus). Durante o procedimento evidenciou-se dissecação de óstio da coronária D até o seio coronariano. Iniciado tratamento clínico com ácido nicotínico, AAS infantil, enalapril, clopidogrel, tartarato de metoprolol e atorvastatina, além de orientação de hábitos saudáveis.

CONCLUSÃO

A hipercolesterolemia familiar é frequentemente subdiagnosticada já na pediatria e está associada a um aumento significativo no risco de doença coronariana. O tratamento precoce na infância é crucial, envolvendo medicamentos, mudanças no estilo de vida e o rastreamento de familiares para prevenir complicações graves.

 

 

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