Introdução: A população idosavem aumentando e consequentemente maiores riscos de doenças cardiovasculares que podem acarretar com comorbidades como a insuficiência renal. A equipe multiprofissional enfrenta o desafio de trabalhar articulada e promover da melhor forma a comunicação em um plano terapêutico de cuidados paliativos do paciente juntamente à família. Método: Atendimentos individuais com os profissionais que compõem a equipe multiprofissional de cuidados paliativos para ação de um plano terapêutico. Relato de caso: MTS de 76 anos, sexo feminino com hipertensão arterial, diabete mellitus e infarto agudo do miocárdio. No período de internação hospitalar que aguardava a clínica da hemodiálise passou por fases devido aos diagnósticos de Síndrome Coronariana Aguda, Insuficiência Cardíaca e Doença Renal Crônica Agudizada. No início a expectativa era enorme de ir para casa. A família é bem unida, apoia e tem rede de sustentação e reveza nos cuidados com a paciente. Ao ser chamada na clínica foi recusada porque estava acamada e não conseguia sentar. Assim, desse modo, ocorreu frustração e um luto da sua autonomia, independência e das atividades cotidianas que não podia realizar. A família entrou com um processo e o juiz referiu que MTS já estava sendo assistida na necessidade da hemodiálise. Ela parou de se alimentar, ficou triste e a equipe fortaleceu a rede de cuidados e trabalhou os recursos da paciente bem como sua autonomia e independência no hospital no dia a dia. Devido à fragilidade do caso, necessitou de sonda de alimentação enteral (SNE), sendo avaliada pela fonoaudiologia com diagnóstico de disfagia orofaríngea de grau moderado. Durante o processo terapêutico a paciente negava os testes com dieta oral. Através da atuação integrada com a psicologia e a assistência social, foi possível evolução no processo terapêutico, MTS a partir de então voltou a sorrir, a ficar alegre, reabilitou para deglutição funcional e aceitação das dietas. Resultado: Com o atendimento integrado notou-se a criação de um espaço seguro e efetivo da paciente para manifestar os desejos e expressar as emoções. Apesar de MTS ter ido a óbito após 06 meses, ela pôde ficar ao lado da família, realizar seus desejos e ter uma rede de suporte mais fortalecida. Conclusão: O trabalho da equipe multiprofissional é fundamental nos atendimentos de casos como este, promovendo melhor comunicação e cuidados de modo integral ao paciente dentro de um plano de cuidados paliativos.