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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Relação entre a ingestão energético-proteica e a prevalência de risco nutricional em pacientes com síndrome cardiorrenal.

Sara Carolina Mori Auresco, Karina Gama dos Santos
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: A doença renal crônica (DRC) é frequente nos pacientes com insuficiência cardíaca (IC), associação denominada síndrome cardiorrenal (SCR). A abordagem nutricional no tratamento da SCR envolve o controle da ingestão proteica e sódio, da ingestão hídrica, do diabetes mellitus e dislipidemias, correção da anemia e da acidose metabólica e adequação da oferta energético-proteica na restrição de volume. Em conjunto às restrições na terapia nutricional na SCR, os pacientes apresentam menor ingestão alimentar devido sintomas como náuseas e anorexia, além de outras alterações no trato gastrintestinal, (compressão gástrica, congestão hepática, edema de alças intestinais) as quais reduzem sua capacidade absortiva. Por esses e outros fatores, a desnutrição é comum nesses pacientes e o estado nutricional (EN) é um fator de risco crítico para o desenvolvimento e prognóstico da IC. Devido à relação entre o EN e a ingestão alimentar, o objetivo deste estudo foi avaliar a ingestão calórico-proteica de pacientes com SCR e a sua relação com o EN. Métodos: Foram selecionados 32 pacientes em consulta de retorno no ambulatório de nutrição em hospital de cardiologia, que já haviam recebido plano alimentar previamente. Identificamos o EN e consumo alimentar através do recordatório de 24 horas. Para os parâmetros de ingestão calórico-proteica e o EN, foi realizada a correlação de Pearson com nível de significância de 5%. Resultados: Os parâmetros do EN mais sensíveis para a detecção de risco ou presença de desnutrição foram a dobra cutânea tricipital, área muscular do braço, circunferência muscular do braço e a avaliação subjetiva global. Não foi encontrada correlação significativa entre os dados de ingestão calórico-proteica e EN. Em relação ao consumo alimentar, 81,25% dos pacientes apresentaram baixa ingestão calórica e 56,25% elevada ingestão proteica. Foi encontrada correlação negativa (-0,427; p=0,038) entre a água intracelular e a ingestão hídrica. Conclusão: Apesar de não encontrarmos correlação significativa entre a ingestão energético-proteica e EN, os dados do presente estudo corroboram com os achados da literatura, que abordam a questão da desnutrição e do desequilíbrio na ingestão alimentar nessa população. Ressalta-se a importância de associar diferentes ferramentas a avaliação do EN e do consumo alimentar, para obter uma relação mais concisa entre esses dois grupos de variáveis.

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