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Efeito e Segurança do Exercício Físico no Portador de Prolapso da Valva Mitral - Revisão Sistemática com Estudo de Caso Piloto

Silva NO, Moretti MA, Alabarse SL, Gumiero JL, Assis NVP, Leite MAO, Alcantaro Jr. RP, Ferreira JFM, Chagas ACP
Faculdade de Medicina do ABC - São Paulo - SP - Brasil, Universidade de Mogi das Cruzes - UMC - Mogi das Cruzes - SP - Brasil

No prolapso da valva mitral (PVM) as abas da valva não se fecham uniformemente, podendo resultar em regurgitação e até insuficiência cardíaca. Os sintomas: fadiga, palpitação, síncope, arritmia, dor precordial, tontura e dispneia podem prejudicar o desempenho físico, sob risco de morte súbita e outras complicações. Porém, a prática de exercícios aeróbicos leves e adequados é capaz de trazer benefícios aos pacientes com PVM. Mas, são poucos os estudos que descrevem quais tipos de exercícios e com qual intensidade seriam mais adequados.

Para a revisão bibliográfica com caso piloto foram utilizadas as principais bases de dados com os descritores relacionados a PVM e atividade fisica e um paciente, sexo masculino, 32a, 71,5Kg, 1,75m, sem arritmias malignas ou graves. Ele foi submetido a um programa supervisionado (prática telemonitorada, plataforma WIKI4FIT), desenvolvido especificamente para esse estudo, durante 12 semanas. A FC (como parâmetro do condicionamento fisico) antes e após o programa foi avaliada através do Holter 24h e do teste ergométrico.

Através dos critérios de inclusão e exclusão, foram elegíveis para avaliação pelo sistema PICO, dois artigos prospectivos no periodo de 10a. E ambos demonstraram a segurança da atividade fisica nos portadores de PVM e uma melhora significativa na qualidade de vida e sintomas. A partir do programa criado, analisou-se os parâmetros do teste ergométrico, como FC máxima antes (188 bpm) e após (187 bpm) o treinamento. No Holter 24h observou-se uma FC (pré-pós treinamento) máxima (150 - 128 bpm), mínima (46 - 50 bpm) e média (77 - 77bpm). O paciente apresentou uma redução de 14,7% na FC, demonstrando uma melhora do condicionamento fisico, sem exceder a demanda cardiorrespiratória, acima do limiar leve-moderado, estipulado pelo protocolo. Percebeu-se um aumento de carga ao longo do protocolo, sem o aparecimento de efeitos adversos e com relato de melhora qualidade de vida, avaliado pelo questionário WHOQOL-bref.

A revisão bibliográfica e o estudo piloto com a aplicação de um programa específico de treinamento demonstrou que a pratica de atividade fisica pelos portadores de PVM é segura e melhora o condicionamento e a qualidade de vida desses pacientes. Os resultados encorajam a realização de novos trabalhos com um número maior de voluntários para validar o protocolo de exercício utilizado e para que seja garantida a segurança e a eficácia da realização de atividade física pelo portador de PVM.

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