INTRODUÇÃO E FUNDAMENTO:
O infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) é um evento com alta prevalência no Brasil associada à alta taxa de morbidade e mortalidade, sendo definido como obstrução de uma ou mais artérias coronarianas por um ou mais trombos.
O tratamento se baseia em restaurar o vaso e a perfusão o mais breve possível através da trombólise farmacológica e/ou da angioplastia, porém outras técnicas estão sendo pesquisadas, dentre elas:sonotrombólise, telemedicina, circulação extracorpórea e células-tronco.
OBJETIVO:
O objetivo desta pesquisa é explorar técnicas mais recentes no tratamento do IAMCSST.
METODOLOGIA:
Foi realizada uma revisão sistemática da literatura em bases de dados médicas relevantes como a Revista de Medicina da Universidade de São Paulo, New EnglandJournalof Medicine e PubMed. Como critérios de inclusão foi utilizado o tempo de 5 anos e como exclusão foram utilizados potenciais vieses em seus resultados ou conflitos de interesses. Ao final foi realizada uma avaliação de qualidade metodológica utilizando a escala de Jadad.
ANÁLISE ESTATÍSTICA:
A análise estatística realizada teve como base cada uma das evidências que foram incluídas para estudo de forma independente, após a sintetização dos resultados, foi aplicada uma meta-análise que avaliou a consistência dos resultados, em conjunto, de cada modalidade de tratamento abordado. Ao final verificou-se a heterogeneidade e a qualidade nos resultados estatísticos obtidos.
RESULTADOS:
Os resultados obtidos forneceram evidências suficientes para discutir a eficácia das novas modalidades de tratamento do IAMCSST. A sonotrombólise mostrou-se eficiente e inovadora, porém necessita de pesquisas com maior número de participantes, a telemedicina modificou o curso natural da doença nos casos em que havia necessidade de prevenção secundária, a circulação extracorpórea não evidenciou uma diminuição significativa do risco de mortalidade, necessitando de mais estudos, e a terapia com células-tronco obteve uma taxa regenerativa significativa para os quadros com sequela isquêmica que afetaram a fração de ejeção (FE), mostrando-se eficiente no aumento da FE.
CONCLUSÃO:
Com base nos resultados obtidos, destaca-se os potenciais benefícios agregados nos recentes tratamentos do IAMCSST desta revisão sistemática. Novas gerações de tratamentos emergem de forma promissora, sendo necessário sua apresentação para que sua implementação na prática clínica seja discutida e viabilizada.