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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Efeito da Intensidade da Luz do Ambiente nas Respostas Cardiovasculares Pós-exercício

Matheus Pastor dos Santos, Paulo Rizzo Ramires, Thais Coelho Marin, Wesley Pereira Dornellas, Natan Daniel Silva Junior , Luiz Augusto Riani, Cláudia Lúcia de Moaes Forjaz
USP - Escola de Educação Física e Esporte - São Paulo - SP - BRASIL

Introdução. A execução de uma única sessão de exercício aeróbico promove respostas cardiovasculares no período pós-exercício que podem caracterizar um momento de vulnerabilidade, podem ser uma janela de oportunidade ou podem ainda ser utilizadas para prever adaptações ao treinamento. Fatores como a intensidade da luz do ambiente modificam as respostas cardiovasculares em repouso, promovendo alteração da atividade nervosa simpática, da vasodilatação, da PA e da FC. Dessa forma, é possível hipotetizar que a intensidade da luz do ambiente possa modificar também as respostas cardiovasculares pós-exercício. Assim, o objetivo deste estudo foi investigar essa hipótese usando luminosidades extremas. Métodos: Foram estudados 17 homens jovens saudáveis que participaram, em ordem aleatória, de 2 sessões experimentais: penumbra (PN – 8 lux) e luz brilhante (LB - 5.000 lux). Nas 2 sessões, as medidas foram realizadas, inicialmente, sob luz controle (CO – 500 lux). A seguir a luz foi ajustada conforme a sessão e as medidas foram repetidas antes (PRÉ) e após (PÓS) a execução de um exercício progressivo máximo (cicloergômetro, rampa 20W/min). ANOVAs de 2 fatores repetidos foram empregadas, considerando p≤0,05.Resultados: Em ambas as sessões, a pressão arterial média não se alterou ao longo dos momentos de medida, enquanto o fluxo sanguíneo braquial se manteve do momento CO para o PRÉ e aumentou no PÓS (149±83 e 133±73 vs. 212±111 mL/min, respectivamente, Pmomento<0.001). Por outro lado, o comportamento da condutância vascular foi diferente entre as sessões. Sob PN, a condutância diminuiu do momento CO para o PRÉ e aumentou para o PÓS, enquanto na LB, a condutância se manteve do CO para o PRE, mas aumentou, de forma semelhante à PN, do PRE para o PÓS (PN = 1,86±0,99 vs. 0,85±0,19 vs. 1,68±0,51 e LB = 1,64±1,04 vs 1,50±0,81 vs. 2,37±1,23 mL/(min.mmHg), pinteração=0.003). Conclusão: Baseado nos resultados preliminares deste estudo, a luz PN não modifica resposta de pressão arterial e do fluxo pós-exercício, mas reduz a condutância vascular em repouso sem impedir o aumento dessa condutância pós-exercício, que permanece com menor valor que sob LB.

 

Apoio: CAPES (0001) e CNPq (302309/2022-5)

 

 

Palavras-chave: exercício máximo, luminosidade, condutância vascular, pressão arterial, fluxo sanguíneo. 

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