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ANÁLISE DO PERFIL CLÍNICO, MANEJO E DESFECHO DE PACIENTES COM INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM ARTÉRIAS CORONÁRIAS NÃO OBSTRUTIVAS (MINOCA)

Thaís Naiara Mees, Caroline de Oliveira Fischer Bacca, Ottávia de Vasconcelos Zainho Helbok, Franciani Rodrigues da Rocha
UNIDAVI - Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí - Rio do Sul - Santa Catarina - Brasil

Fundamento: O infarto do miocárdio com artérias coronárias não obstrutivas (MINOCA) é um evento clínico de prognóstico indefinido. Ainda não há consensos ou diretrizes que elucidem completamente o manejo destes pacientes. Além disso, nos últimos anos a razão neutrófilo-linfócito (RNL) tem sido utilizada para predizer prognósticos desfavoráveis em diversas enfermidades, porém seu papel na MINOCA não está esclarecido.

Objetivo: Analisar o perfil clínico, manejo e desfecho de pacientes com MINOCA, associando a RNL ao prognóstico.

Métodos: Foram incluídos pacientes > 18 anos, com sintomatologias de infarto agudo do miocárdio (IAM), marcadores de necrose miocárdica ou alterações eletrocardiográficas que indiquem lesão e que realizaram cateterismo cardíaco resultando em um grau de estenose < 50% ou coronárias isentas de ateromatose. Sendo excluídos pacientes com prontuários incompletos/inconclusivos e/ou que apresentassem patologias mimetizadoras. Os dados desta pesquisa foram tabulados em uma planilha Excel e, após, organizados e analisados no softwareStatistical Package for the Social Sciencies (SPSS). Na análise descritiva os dados foram expressos por média e desvio-padrão (±DP) ou número absoluto e porcentagem.

Resultados: Os 72 indivíduos eram 54,2% mulheres, com idade de 56,5±15,4 anos, 66,2% com sobrepeso ou obesidade e 62,5% portadores de hipertensão arterial sistêmica. Em relação a raça, foi observado predomínio de brancos (91,7%), sendo necessário considerar que há uma maior prevalência de brancos na região da pesquisa. Foi identificado a presença de dor torácica (97,2%) em aperto (47,2%) com troponina elevada (88,9%). O hemograma demonstrou uma média alta de neutrófilos 8.075,0±4.000,0, com linfócitos na faixa normal, porém a relação neutrófilo/linfócito foi  de 5,0±4,2. Já o tratamento, foi conduzido em sua maioria como um quadro de IAM, utilizando principalmente antiagregante (98,6%), estatina (94,4%) e betabloqueador (80,6%). Em 94,4% dos casos o desfecho final foi alta hospitalar, mas os 5,6% que evoluíram a óbito sucederam-se após um quadro deparada cardiorrespiratória (PCR) em assistolia e/ou taquicardia ventricular.

Conclusão: A mortalidade foi considerada baixa, levando em consideração a amostra limitada, porém os óbitos foram associados diretamente a PCR. A investigação etiológica não se fez presente, levando a um tratamento inespecífico. Pacientes com MINOCA também apresentaram uma RNL mais elevada do que a população em geral, devendo-se considerar o fator limitante de idade nesta relação antes de afirmar superioridade em algum grupo.

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