Introdução: O teste de caminhada de seis minutos (TC6) é amplamente difundido e utilizado na prática clínica para avaliação do desempenho funcional em pacientes com Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Entretanto, ainda pouco é estudado sobre o comportamento do controle autonômico cardiovascular, a partir da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e da cinética (on e off da frequência cardíaca (FC) durante a avaliação de um teste submáximo. Objetivos: Avaliar a capacidade funcional pela distância percorrida (DP), VFC e cinética off da FC durante a realização do TC6 em pacientes com DPOC. Materiais e métodos: Estudo de caráter transversal, aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (número do parecer: 6.622.983). Foram avaliados 39 participantes (DPOC leve = 11; DPOC moderado = 11; DPOC grave = 12; DPOC muito grave= 5). Todos os participantes foram submetidos a uma avaliação clínica, sintomatológica e de função pulmonar para confirmação diagnóstica e estadiamento da doença. Em seguida, foram submetidos ao TC6 com coleta dos intervalos R-R por meio do Polar.Indices da VFC e fits da cinética on e off da FC foram calculados. Resultados: 39 participantes, com média de idade de 65 e sua maioria do sexo masculino (64,1%) foram avaliados. Observamos pior DP (299 metros) para o grupo DPOC grave e menor complexidade do sistema nervoso autonômico para o grupo DPOC moderado (Apen: 0,86; Sampen: 1,05). Além disso, apesar de não termos tido diferença significativa entre os grupos, no momento, foi possível observar que o grupo DPOC grave apresenta maiores valores, em tempo, para recuperação da FC pós exercício, indicando resposta mais lentificada em comparação às demais gravidades. Conclusão: A gravidade da DPOC impacta negativamente no DP com consequente lentificação da cinetica de recuperação e na complexidade da VFC. Tais dados reforçam a importancia de programas de exercicios a estes pacientes, com o objetivo de melhorar a compelxidade da VFC, bem como na recuperação da FC, potencializando o desempenho funcional, sobretudo naqueles pacientes mais graves.
Apoio Financeiro: CAPES 001; FAPESP: 2015/26501-1 e 2023/03834-1.