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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Impacto do volume de contraste utilizado após intervenção coronária percutânea

RAFAELA ANDRADE PENALVA FREITAS, Luiz Fernando Tanajura, Marinella Centemero , Aurea Chaves, Andrea Abizaid, Ricardo Costa, Fausto Feres, José de Ribamar Costa Junior
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: A nefropatia induzida por contraste (NIC) é uma complicação de procedimentos angiográficos que requerem a administração de meios de contraste. Sua ocorrência está diretamente correlacionada à quantidade de volume de contraste administrado, porém não está claro se o tipo de contraste utilizado (baixo ou iso-osmolar) afeta sua ocorrência. Objetivo: Nosso objetivo foi avaliar se existe interação entre volume e tipo de contraste (iso ou baixa osmolaridade) no desenvolvimento de NIC. Métodos: Subanálise post hoc do estudo Ioxaglate Versus IoDixanol randomizado de centro único para a prevenção da nefropatia induzida por contraste (estudo IDPC - NCT02991742), incluindo pacientes consecutivos submetidos a procedimentos coronarianos diagnósticos e terapêuticos entre 2016 e 2018. Os pacientes foram randomizados 1: 1 para receber contraste baixo ou iso-osmolaridade. Para a presente análise, a amostra total foi dividida em dois grupos, em relação ao volume de contraste utilizado. (Grupo I menor 150ml e Grupo 2 ≥150ml) e comparados conforme o tipo de contraste. O desfecho primário foi ocorrência de NIC entre 48 e 96 horas após o procedimento. NIC foi definida como um aumento na creatinina sérica superior a 25% ou ≥0,5 mg/dl em relação ao valor basal após 48 horas. Para avaliar o efeito do contrato e do volume na ocorrência de NIC foi utilizado um modelo de regressão logística com efeito de interação. Este modelo também foi avaliado ajustado para síndrome coronariana aguda, disfunção ventricular, creatinina basal, sexo e idade. Os dados foram analisados ​​no software R versão 4.1.2. Resultados: Foram incluídos consecutivamente 2.268 pacientes, sendo 2/3 do sexo masculino e com alta prevalência de hipertensão (85%), diabetes mellitus (52%) e doença renal crônica (31%). Não houve diferença na incidência de NIC entre os grupos (p >0,999). O modelo de regressão logística com efeito de interação entre contraste e volume não apresentou correlação (p-valor > 0,05). Conclusão: Neste estudo, o uso de maior volume de contraste não foi associado ao aumento da incidência de NIC. O tipo de contraste utilizado (iso ou baixa osmolaridade) não se correlacionou com a ocorrência de NIC.

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