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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

NÚMERO DE CORONÁRIAS COM ATEROMA E MODULAÇÃO AUTONÔMICA DA FREQUÊNCIA CARDÍACA

Gabriela Letícia Qualho, Al-lage, J.G, Almeida, M.C.S, Quitério. R.J
UNESP - Rio Claro - Rio Claro - SP - BRASIL, UNESP - Marília - SP - Brasil

Introdução: Indivíduos com Doença Arterial Coronariana (DAC) podem apresentar aumento na modulação cardíaca simpática e/ou diminuição na modulação cardíaca parassimpática, concorrendo para maior risco arritmias ventriculares e morte súbita. A Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC), medida não invasiva de modulação autonômica cardíaca, é apontada como instrumento de previsão do risco cardiovascular e cirúrgico. O objetivo do estudo é investigar o controle neural do coração em pacientes com DAC e investigar se os índices de VFC estão associados ao número de artérias acometidas. Métodos: CEP: 2611347. Critérios de inclusão: Indivíduos de ambos os sexos, idade: > 50 anos; Grupo DAC: cineangiocoronariografia com obstruções arteriais ≥ 70%, eletivos para CRM; Grupo Controle (GC): indivíduos saudáveis. A frequência cardíaca e os intervalos R-R (iRR) foram gravados utilizando cardiofrequencímetro (Polar RS800CX), durante 20 min em decúbito dorsal em respiração espontânea. Foram calculados (Software Kubios HRV, versão 2.0, University of Kuopio, Finland) os índices no domínio do tempo (iRR, SDNN, RMSSD, SD1 e SD2) e da frequência (HF, LF, LF/HF). Os dados são apresentados em média e desvio padrão; foi aplicado o teste de Mann-Whitney para comparação dos grupos e teste de Spearman, para analisar a correlação, sendo, muito fraca: 0,0 a 0,19; fraca: 0,2 a 0,39; moderada: 0,4 a 0,69; forte: 0,7 a 0,89; muito forte: > 0,9 (p < 0,05).Resultados: Grupo DAC: N = 20 (13 homens e 7 mulheres), idade = 61,2 ± 7,0 anos, IMC = 29,3 ± 4,7 kg/m2. GC: N = 23 homens, idade: 62,0 ± 2,4 anos, IMC: 25,1 ± 2,1 kg/m2. Índices de VFC para o grupo DAC e GC, respectivamente: iRR (ms) = 968,2±156,5 e 974,2±158,2; FC (bpm) = 63,5±9,7 e 63,0±8,8; SDNN (ms) = 21,5±8,8 e 31,0±14,9; RMSSD (ms) = 20,2±11,6 e 25,6±18,1; SD1 (ms) = 14,3±8,2 e 18,2±12,8; SD2 (ms) = 26,3±10,9 e 41,8±16,4; HF (un) = 50,1±21,5 e 39,0±14,9; LF (ms) = 99,1±98,9 e 401,0±598,1; LF/HF = 1,4±1,0 e 2,0±1,4. Houve diferença estatística significativa entre os dois grupos nos índices SDNN, LF/HF e SD1. Houve correlação estatisticamente significativa e negativa somente do índice SDNN com o número de artérias gravemente obstruídas (r = -0,444).Conclusão: Pacientes com 70% ou mais de obstrução das coronárias apresentam redução da variabilidade cardíaca global e parassimpática. O índice SDNN indica que quanto maior o número de artérias acometidas gravemente, menor a variabilidade cardíaca global.

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