SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Prevenção secundária após cirurgia de revascularização miocárdica – Análise das metas obtidas em cinco anos em hospital terciário de cardiologia.

Marília Prudente Menezes, Franc Jorge Sampaio Santos Pereira, Mario Issa, Pedro Silvio Farsky, Vivian Lerner Amato
INSTITUTO DANTE PAZZANESE DE CARDIOLOGIA - - SP - BRASIL

Introdução: Pacientes submetidos à cirurgia de revascularização miocárdica (CRM) são considerados de muito alto risco cardiovascular, tornando o controle de fatores de risco e tratamento medicamentoso imprescindíveis na prevenção de eventos futuros. Apesar do benefício inequívoco da prevenção secundária já ter sido demonstrado em diversos estudos, sua prática é dificultada por falhas de acesso, de educação em saúde e de adesão ao tratamento prescrito. Objetivo: Avaliar, em cinco anos, o uso do tratamento medicamentoso preconizado para prevenção secundária e obtenção de metas de pressão arterial, perfil lipídico, controle de diabetes melito e cessação de tabagismo em pacientes submetidos à CRM em hospital terciário de cardiologia do Brasil. Métodos: Coorte histórica, baseada em banco de dados, registro de prontuário médico e contato telefônico, de pacientes submetidos à CRM isolada em 2015 e acompanhados em ambulatório de hospital terciário de cardiologia, São Paulo, Brasil, por cinco anos. Resultados: Em 2015, 457 pacientes foram submetidos à CRM e prosseguiram com acompanhamento ambulatorial na instituição. Foi observado o uso de antiagregantes plaquetários em quase 100% da amostra, uso de inibidores da enzima de conversão de angiotensina ou bloqueadores de receptores de angiotensina em mais de 80%, estatinas em mais de 94% e betabloqueadores em mais de 89% dos pacientes em todo o seguimento. Houve uma queda gradual do uso de sinvastatina e aumento do uso de estatinas de alta potência, com 70% dos pacientes utilizando atorvastatina ou rosuvastatina no quinto ano de acompanhamento. Aproximadamente 50% dos diabéticos estavam com hemoglobina glicada abaixo de 7%, o melhor controle de LDL-c foi observado no último ano do seguimento, com apenas 18,6% da amostra com níveis menores que 55 mg/dL e o melhor controle pressórico no primeiro ano após CRM, com 34,2% dos pacientes com níveis pressóricos < 130x80 mmHg. Houve uma redução gradual do tabagismo no decorrer do tempo, com apenas 3,7% de tabagistas após cinco anos. 

 

Conclusão: A despeito do uso de medicações ter sido realizado de forma consistente, a obtenção de metas de perfil lipídico, pressão arterial e diabetes melito ainda permanece um desafio. Desta forma, torna-se necessária a elaboração  de estratégias de otimização da prevenção secundária, objetivando um melhor controle de comorbidades e redução de eventos cardiovasculares futuros em pacientes de muito alto risco cardiovascular submetidos à CRM.

 

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

44º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

30 de Maio a 01 de Junho de 2024