Introdução: Indivíduos com COVID longa apresentam grande variedade de sintomas, tais como fadiga, intolerância ao exercício e dispneia. O Teste de Esforço Físico Aeróbico (TEFA) é um método utilizado para identificar alterações cardíacas e diagnosticar a capacidade funcional aeróbica. A análise da magnitude dos ajustes da frequência cardíaca (FC) ao TEFA permite quantificar a competência cronotrópica. A incapacidade de atingir 85% da FC máxima prevista pela idade, durante o teste de esforço, é definida como incompetência ou déficit cronotrópico (DC), considerado preditor para o aumento de mortalidade e incidência de doença coronariana. O objetivo do estudo é investigar a competência cronotrópica de indivíduos dois anos após a infecção pelo vírus da COVID-19, ao TEFA. Métodos: CEP: 6556816. Critérios de inclusão: indivíduos com idade entre 50 e 60 anos, de ambos os sexos, dois anos após a infecção pelo vírus COVID-19. Critérios de não inclusão: usuários de medicação betabloqueadora e aqueles impedidos de serem submetidos ao TEFA, de acordo com as Diretrizes de Teste Ergométrico da Sociedade Brasileira de Cardiologia. O TEFA foi realizado em esteira ergométrica (Imbramed, RS, Brasil), usando o protocolo de Bruce Modificado. A FC máxima prevista foi calculada segundo a fórmula proposta por Karvonen = 220 - idade (anos). O maior valor de FC obtido no último estágio do TEFA foi definido como FC pico, e foi calculado o percentual do DC em relação a FC máxima prevista. Os resultados são apresentados de forma descritiva, com média e desvio padrão. Resultados: Foram avaliados 9 indivíduos, sendo 7 do sexo feminino e 2 do sexo masculino, com idade 54,67±3,12 anos. FC máxima prevista (bpm) = 165,33±3,12; FC pico (bpm) = 132,67±8,96; Déficit cronotrópico (%) = 19,73±5,60. Oito indivíduos apresentaram DC superior aos 15%, ou seja, atingiram menos de 85% da FC prevista. Conclusão: Dois anos após a contaminação pelo vírus COVID-19, os indivíduos apresentam incompetência cronotrópica da frequência cardíaca ao TEFA progressivo.