Introdução: O transplante cardíaco (TC) é o tratamento de escolha para a insuficiência cardíaca (IC) refratária, e sabe-se que a evolução clínica da IC, causa alterações fisiológicas, que influenciam no estado nutricional, sendo este, um fator que interfere no aumento de complicações pós-operatórias e mortalidade relacionada aos desfechos do pós TC.Assim, se faz necessário um aporte nutricional adequado para garantia de um melhor prognóstico.Objetivo: Avaliar o desfecho do estado nutricional (EN) de paciente submetidos ao transplante cardíaco comparando os momentos de admissão e pré alta, e identificar fatores que possam impactar no EN. Metodologia: Estudo transversal descritivo, que utilizou uma amostra de 8 pacientes, de idade superior a 18 anos e que aguardavam internados em fila para o TC. Realizado em um hospital privado de São Paulo, no período de 2023, por meio de coleta de dados de prontuário. Os dados coletados foram: peso, estatura, Índice de Massa Corporal (IMC), percentual de aceitação alimentar, percentual de perda de peso (%PP), idade, sexo, tempo de internação, uso de dispositivos de assistência ventricular e/ou outras complicações, para avaliar desfechos no EN dos pacientes, entre a admissão e o pré alta. Para a análise de dados utilizou-se o programa Microsoft Excel®. Resultados: A média de idade foi de 57 anos, 87,5% eram homens, a média de IMC na admissão e na pré alta foram de 25,62kg/m², e de 24,9kg/m², respectivamente, a aceitação alimentar na admissão e na pré alta foi de 84% e 86%, respectivamente. O %PP foi de 3,44%. O EN segundo IMC, era representado por 25% baixo peso, 37,5% eutrófico, 25% sobrepeso e 12,5% obeso. O período de internação médio foi de 192,5 dias. Em relação a complicações, 3 pacientes necessitaram de dispositivos de assistência ventricular (Balão Intra-aórtico e/ou Bomba de CentriMag) antes do TC, 4 pacientes fizeram uso de dieta enteral e/ou tiveram complicações maiores pós TC. Como desfechos nutricionais, 25% reduziu peso e classificação de IMC, 37,5% reduziu peso e manteve a classificação de IMC, 12,5% manteve peso e classificação de IMC e 25% ganhou peso e aumentou a classificação do IMC. Conclusão: Pacientes idosos baixo peso, apresentaram maiores complicações durante a internação e pós transplante. Em média, houve aumento da aceitação alimentar na pré alta. A maioria dos pacientes eram de IMC eutrófico, na admissão e pré alta e o uso de dispositivos de assistência ventricular pode impactar no estado nutricional, favorecendo complicações pós TC independente da faixa de IMC e idade.