INTRODUÇÃO: A principal causa de morte atualmente, são as doenças cardiovasculares (DCV)¹. Com o aumento das doenças gastrointestinais e inflamatórias intestinais, elevou a necessidade da realização dos exames de endoscopia (EDA) e colonoscopia². A literatura evidencia que na população com DCV este risco é aumentado, por se tratar de um grupo que em sua maioria possuem escores de gravidade mais elevados e por fazerem uso de medicamentos que podem influenciar em um risco adicional³. Sendo assim, fez-se necessário elucidar quais os cuidados no preparo para a realização do exame e quais as orientações pertinentes a equipe, em especial aos enfermeiros, responsáveis em todas as etapas pela realização do exame. MÉTODO: Trata-se de um estudo metodológico, pautada na construção de um protocolo de cuidados para o preparo de EDA e colonoscopia de pacientes cardiológicos internados em ambiente hospitalar. RESULTADOS: Foi elaborado um protocolo institucional para direcionar os cuidados aos pacientes cardiopatas no preparo de EDA e colonoscopia. DISCUSSÃO: A anamnese de enfermagem é uma etapa crucial para prevenir o início do preparo em pacientes contraindicados. É importante acrescentar nas perguntas norteadoras, sobre a suspensão dos antiagregantes plaquetários, anticoagulantes e ao horário da última dose de medicamentos com efeitos cardiovasculares. Outro ponto que a literatura ressalta e foi necessário destacar no protocolo, é indicação de antibioticoprofilaxia uma hora antes dos exames para prevenção de endocardite em pacientes com DVC de moderado a alto risco cardiovascular. Neste protocolo, houve ênfase nos dispositivos médicos implantáveis, pois uma parcela destes dispositivos necessita de ajustes prévios e de cuidados diferenciados. A monitorização de sinais vitais e avaliação das condições clínicas dos pacientes, foram direcionados ao sistema cardiovascular para identificação precoce de arritmias, queixas álgicas de características anginosas e sinais de hipoperfusão cerebral. Os cuidados pós procedimento que se destacaram, foi a vigilância de sangramentos e alteração de ritmo cardíaco que foram as complicações de maior predominância nas pesquisas realizadas4. CONCLUSÃO: Um protocolo guiado para pacientes com DCV é capaz de promover maior segurança, prevenindo complicações decorrentes do preparo inadequado, tanto antes, durante e após a realização dos exames. A elaboração de um protocolo institucional foi um importante passo aos cuidados especializados aos pacientes cardiopatas.