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ANÁLISE COMPARATIVA PRÉ E PÓS A IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO NACIONAL DE ASSISTÊNCIA À CRIANÇA COM CARDIOPATIA CONGÊNITA

Gabriele Maria Miguel da Silva, Laura Arruda Martinhago, Audrei Pavanello
Centro Universitário Estácio de Ribeirão Preto - IDOMED - Ribeirão Preto - São Paulo - Brasil, Universidade Cesumar - UNICESUMAR - Maringá - Paraná - Brasil

INTRODUÇÃO: As cardiopatias congênitas são anomalias estruturais do coração e/ou de grandes vasos, que afetam a capacidade funcional e desenvolvimento das crianças. Assim, em busca de promover o diagnóstico precoce destes quadros, em 2017, o Ministério da Saúde implementou o Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita que elenca medidas que impactam na prevenção e cuidado para com esses pacientes.

OBJETIVO: Analisar o perfil da criança diagnosticada com cardiopatia congênita pré e pós Plano Nacional de Assistência à Criança com Cardiopatia Congênita.

MÉTODOS: O estudo tem caráter observacional, transversal e epidemiológico através do SINASC de 2013 até 2022 do estado de São Paulo. 

RESULTADOS: A análise foi realizada a priori e a posteriori do Plano Nacional. Dessa forma, de 2013 a 2017, 7544 recém-nascidos foram registrados na declaração de nascidos vivos com pelo menos uma cardiopatia congênita, já de 2018 a 2022 foram 8005. Dos 7544, 51,9% eram do sexo masculino e 47,7% feminino. Destes, nasceram com extremo baixo peso 2,9%, muito baixo peso 4%, baixo peso 16,9% e peso normal 71%. Em relação a idade gestacional, nasceram pré-termo 22,06%, termo 76,47% e pós-termo 1,33%. Por fim, os quadros mais incidentes, foram: comunicação interatrial (CIA) 27,8%, permeabilidade do canal arterial (PCA) 13,1%, comunicação interventricular (CIV) 11,1%, malformação não especificada do coração 11,1%, ausência congênita e hipoplasia da artéria umbilical 5,5%. Por outro lado, os resultados referentes ao grupo pós Plano Nacional (2018 a 2022), temos: 50,9% sexo masculino e 48,7% feminino. Sobre o peso, nasceram com extremo baixo peso 5,2%, muito baixo peso 6,4%, baixo peso 20,6% e peso normal 63,3%. Ademais, nasceram pré-termo 31,14%, termo 68,39% e pós-termo 0,42%. A respeito das cardiopatias congênitas mais incidentes, temos: CIA 28,6%, PCA 10,7%, malformação não especificada do coração 10,4%, CIV 8,8%, ausência congênita e hipoplasia da artéria umbilical 5,6%.

 

CONCLUSÃO: Conclui-se, desse modo, que o sexo não é uma questão prevalente sobre os quadros de cardiopatia congênita. Além disso, percebe-se que a grande maioria dos casos são crianças que nasceram a termo e com peso normal. Nota-se, também, que CIA, PCA, CIV e Más formações não especificadas são os grandes CIDs. Por fim, realizando a análise comparativa entre os anos que antecedem e precedem o Plano Nacional de Assistência à Criança Cardiopata, não houveram discrepâncias significativas quanto ao número de casos, perfil e diagnóstico da amostra analisada.

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