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Relato de Caso: Papel do Ecocardiograma com Teste cardiopulmonar de exercício no diagnostíco da Hipertensão Pulmonar

Carolina Lemos, Fabricio Braga , Luciana Janot, Aroni Rocha
HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN - - SP - BRASIL, LPH - Laboratóro de Performance Humana - Rio de Janeiro - Rio de Janeiro - Brasil

Introdução: A hipertensão pulmonar (HP) é uma condição clínica incomum e grave. Cursa com remodelamento do território vascular pulmonar, levando obliteração e aumento da resistência vascular com aumento pressórico no sistema, definida com pressão média de artéria pulmonar (mPAP) superior a 20 mmHg. A elevação pressórica pode gerar uma sobrecarga no ventrículo direito (VD) com evolução para insuficiência cardíaca.

A abordagem diagnostica envolve estratégias para confirmar, excluir causas associadas, avaliar gravidade e definir tratamento. Podemos lançar mão de Rx de tórax, eletrocardiograma (ECG), Ecocardiograma (ECO), cateterismo direito, cintilografia de ventilação/perfusão, prova de função pulmonar e Teste cardiopulmonar de exercicio (TCPE)

O TCPE traz informações diagnosticas e prognosticas, como: razão VE/VCO2 no limiar anaeróbio e no pico do esforço que costuma estar elevada, além de baixos valores de PETCO2. Porém nenhuma presente no presente caso. Entretanto, ao associar ECO obtivemos dados bastante favoráveis ao diagnostico de HP.

Relato de caso: Trata-se de paciente masculino, K.H.A.B.S, 18 anos, atleta profissional de futebol, Assintomático. Submetido a avaliação pré participação com evidência de inversão de onda T em V5 e V6 no ECG.

Encaminhado a avaliação com imagem: ECO e Ressonância cardíaca. O ECO evidenciou insuficiencia tricuspide moderada, acompanhada de hipertensão pulmonar (PSAP=46mmHg), septo e parede posterior de 11mm e a ressonância aumento biatrial e leve hipertrofia de ventriculo esquerdo excêntrica.

Submetido a ECO TCPE para diagnóstico diferencial em doença primária da valva tricuspide ou vasculopatia pulmonar.

O ECO de repouso, demonstrou insuficiência tricúspide moderada e PSAP/mPAP de 48 /31 mmHg. No esforço, em cicloergometro, atinge carga de 220w no pico com 93 / 59 mmHg de PSAP/mPAP.

TAPSE 25mm em repouso, sem aumento esperado no esforço. A relaçãoTAPSE/PSAP reduz progressivamente durante o exercício.

O VO2 no pico do exercício foi de 38,5ml/kg/min (82% do previsto) e o débito cardíaco 21,9L/min (109% do previsto). PETCO2 de 35mmHg em repouso e 47mmHg no primeiro limiar ventilatório. A relação da mPAP e o débito cardíaco foi de 3,4mmHg/L/min (VR < 3).

 

CONCLUSÃO:Os dados descritos no ECO TCPE nos dá informação que sugerem evolução inadequada da circulação pulmonar durante o exercício, bem como mal acoplamento entre o VD e a circulação pulmonar. Com valores de PETCO2 e VE/VCO2 normais e ausência de distúrbio ventilação perfusão, sugerindo fases iniciais da doença.

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