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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Fragmentação da frequência cardíaca e sua relação com o strain longitudinal global no diabetes tipo 2 com e sem neuropatia autonômica cardiovascular

Galdino, G.A.M., Silva, L.E.V., Roscani, M.G., Casale, G., Silva, C.D., Sant’Anna, L.S., Fazan Jr, R., Beltrame, T., Catai, A.M.
UFSCar - LFCV e DMed - São Carlos - SP - Brasil, USP - Ribeirão Preto - SP - Brasil, HU-UFSCar - São Carlos - SP - Brasil

Introdução: A fragmentação da frequência cardíaca (FFC) avalia a variabilidade ultrarrápida da frequência cardíaca. Está aumentada na doença arterial coronariana e no diabetes mellitus tipo 2 (DM2) sem neuropatia autonômica cardiovascular (NAC). A NAC é uma complicação do diabetes que altera a função cardíaca, entretanto, a FFC no DM2 com NAC e sua relação com a função sistólica são desconhecidas. Objetivo: Avaliar a FFC no DM2 com e sem NAC e correlacionar com o strain longitudinal global (SLG). Métodos: Os intervalos R-R (iRR) do eletrocardiograma e o índice ecocardiográfico foram coletados de homens e mulheres com DM2 com NAC (n=28; homens=17) e sem NAC (n=36; homens=19), entre 49 e 62 anos de idade. O SLG (%) foi analisado pelo método de speckle tracking bidimensional em janelas de 4, 3 e 2 câmaras cardíacas. Os sinais eletrocardiográficos foram registrados em supino e ortostatismo por 15 minutos em cada posição. Para análise da FFC, os valores de iRR foram simbolizados como "-1", "0" ou "1" para diferenças entre iRR sucessivos, e analisadas sequências de 4 símbolos, denominados “palavras”. Foram quantificadas palavras com zero (W0), um (W1), dois (W2) ou três (W3) pontos de inflexão. W3 é o padrão mais fragmentador. Para as análises da FFC foram consideradas séries de 256 pontos (tacograma). A comparação entre os grupos foi realizada pelo teste de Mann-Whitney e entre as posturas pelo teste de Wilcoxon. O teste de Spearman verificou a correlação entre a FFC com o SLG. A significância foi de p<0,05. Resultados: Indivíduos com NAC apresentaram maior W3 [11,55 (6,57–16,93)] comparados aos DM2 sem NAC [6,57 (4,58–12,15), p=0,041] na posição supina. Ambos os grupos apresentaram aumento do W3 em ortostatismo [NAC: 19,32 (10,75–26,09), p=0,018; sem NAC: 10,95 (6,57–20,12), p=0,011] comparado ao supino. Houve correlação positiva entre W3 e SLG (r= 0,250, p=0,048) em indivíduos com e sem NAC. Conclusão: Indivíduos DM2 com NAC apresentam FFC aumentada em comparação ao sem NAC em repouso. Além disso, o aumento da FFC pode indicar pior função sistólica do ventrículo esquerdo. O método da FFC pode ser útil na detecção de risco cardíaco no diabetes tipo 2.Agradecimentos: CAPES, FAPESP, CNPq e HU-UFSCar/EBSERH.

 

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