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Comparação da modulação autonômica cardíaca entre indivíduos que contraíram a COVID-19 com indivíduos saudáveis

Mariana Rosa da Silva, Anna Jullya S. Nascimento, Maria Vitória Teodoro de O., Ana Júlia M. de Souza, Joyce K. da S. Santos, Mariana P. Bertoche, Marianne P. da C. de R. B., Mariana R. Palma, Carolina Takahashi
Fundação Educacional do Município de Assis - Assis - SP - Brasil

Introdução: A COVID-19, doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, desencadeou diversos comprometimentos nos indivíduos por ela acometidos, como distúrbios renais, pulmonares, cardíacos e neurológicos, o que pode afetar também as respostas do sistema nervoso autônomo. Objetivo: Comparar a modulação autonômica cardíaca, por meio de índices lineares no domínio do tempo, entre indivíduos que contraíram COVID-19 e indivíduos saudáveis. Metodologia: Foram analisados dados de 30 voluntários. Divididos em dois grupos, indivíduos que contraíram ou não a COVID-19: Grupo Sem COVID (GSC; n=15; 26,66±14,64 anos; 24,55±4,15kg/m²) e Grupo Com COVID (GCC; n=15; 31,93±14,60 anos; 26,08±7,25kg/m²). Os voluntários foram identificados e questionados quanto a terem contraído a doença, e em caso de afirmativo foram coletas informações sobre sintomatologia. Após, todos foram submetidos a avaliação do sistema nervoso autônomo, por meio da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), onde os índices analisados foram: rMSSD, SDNN, e pNN50. Para análise dos dados foi utilizado a estatística descritiva, e o teste T de Student para dados paramétricos ou teste de Mann-Whitney para dados não paramétricos; a normalidade dos dados foi obtida pelo teste de Shapiro-Wilk; nível de significância de 5%. Resultados: A comparação entre grupos permitiu observar que o GCC apresentou resultados inferiores, estatisticamente significantes, na atividade parassimpática, quando comparado ao GSC, onde os índices rMSSD (27,11±18,14 vs. 44,40±22,59; p=0,010) e pNN50 (8,40±13,06 vs. 22,24±18,46; p=0,006) indicaram a menor modulação parassimpática no grupo que contraiu a doença. Já o índice SDNN, que indica a variabilidade global do indivíduo, apesar de apresentar menores valores no GCC (49,40±24,67 vs. 63,51±26,40; p=0,142), não demostrou significância. Conclusão: Concluímos que o GCC apresentou redução significativa na atividade parassimpática, em comparação com o GSC. Isso pode indicar que a COVID-19 pode impactar a modulação autonômica cardíaca, especificamente diminuindo a atividade parassimpática.

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