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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

VARIABILIDADE DA FREQUÊNCIA CARDÍACA EM INDIVÍDUOS PRATICANTES DE CROSSFIT

Igor Cabrera Marquez, Gabriel Alves de Arruda, Alexandre Bosquette Gomes, Fernanda Queiroz Mello Silva, Priscila Souza Costa Peça, Vanessa Lana Madureira, Sthefany de Sousa dos Santos, Nathalia Bernardes, Iris Callado Sanches, Kátia Bilhar Scapini
Universidade São Judas Tadeu - São Paulo - SP - Brasil

Introdução: A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) emergiu como um marcador promissor da modulação autonômica cardíaca. No contexto de esportes de alta intensidade, como o Crossfit, que combina elementos de levantamento de peso, ginástica e condicionamento metabólico, entender as nuances da VFC torna-se crucial. Assim, investigar a VFC em praticantes de Crossfit pode contribuir para a literatura existente ao elucidar a relação entre treinamentos de alta intensidade e a regulação autonômica cardíaca. Métodos: Trata-se de um estudo observacional transversal. A amostra foi composta por 10 homens hígidos praticantes de Crossfit (GCF) (há pelo menos três meses), com idades entre 18 e 40 anos, e um grupo controle (GC) composto por 11 homens sedentários pareados por idade, com o GCF.  Todos os participantes foram submetidos a monitorização do intervalo cardíaco por meio de frequencímetro, permanecendo em repouso na posição supina durante 20 minutos, para posterior análise da VFC no domínio do tempo e da frequência. A análise estatística foi realizada utilizando teste T para amostras independentes. Resultados: A média de idade dos indivíduos sedentários foi 24,5 ± 3,3 anos e dos indivíduos praticantes de crossfit foi 27,8 ± 4,0 anos. A frequência cardíaca do GCF foi menor do que a do GC (59,44 ± 7,24 vs. 69,84 ± 12,76 bpm). O GCF apresentou uma maior VFC em comparação ao GC (SDNN: 83,22 ± 21,93 ms vs. 54,66 ± 19,29 ms,). Além disso, o RMSSD, um indicador da modulação parassimpática cardíaca no domínio do tempo, foi maior no GCF em comparação ao GC (66,31 ± 14,14 vs. 38, 98 ± 18,49 ms). A modulação simpática cardíaca foi menor nos praticantes de Crossfit quando comparada aos sedentários (Baixa Frequência nu: 49,4 ± 7,4 vs. 65,36 ± 8,7), enquanto a modulação parassimpática, evidenciada pelo componente de alta frequência da VFC no domínio da frequência, foi maior nos praticantes de Crossfit (50,6 ± 7,4 vs. 34,7 ± 8,7). Consequentemente, o balanço simpatovagal foi menor no GCF em comparação ao GC (1,12 ± 0,33 vs. 2,47 ± 0,88). Conclusão: Praticantes de Crossfit apresentam menor frequência cardíaca de repouso, maior VFC, menor modulação simpática e maior modulação parassimpática  em comparação com sujeitos sedentários.

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