Introdução: As doenças cardiovasculares continuam a ser a principal causa de morte no Brasil. Em 2024, foram registradas 57.398 mortes por doenças cardiovasculares, além de 10.125 casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Portanto, é crucial identificar e intervir precocemente nesses casos para reduzir a morbimortalidade. Os protocolos e diretrizes existentes para o manejo e condução desses casos confirmam que a sobrevida é significativamente maior quando as intervenções são realizadas dentro dos prazos estabelecidos. Objetivo: Demonstrar a importância da implementação da linha de cuidadodas doenças cardiovasculares,capacitar as equipes das unidades de atendimento (UPA) na rápida identificação, manejo clínicoe transferência adequadapara a referência cardiológica local.Método: Um Hospital de referência em cardiologia em SP desenvolveu a Linha de cuidado da Dor torácica em 150 Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em todo o território nacional, por meio da capacitação às equipes locais e da teleinterconsultorias especializadas aos pacientes com SCA com foco na tomada de decisão e garantindo assim uma rápida intervenção, como a transferência para o centro de referência cardiológica local. Resultados e Discussão:A.S.F., sexo masculino, 79 anos, previamente hígido, dirigiu-se àUPAcom queixa de dor torácica, pior ao pedalar de bicicleta - um esforço habitual do paciente. Seguido protocolo de dor torácica, solicitado o ECG em 10 minutos, descartado o IAM, na anamnese foi aplicado a escala de cincinnati, identificado a hemiparesia e diminuição da força motora, causando a hipótese diagnóstica do AVC. A UPA é localizadacerca de 90 minutos do centro de referência mais próximo em um eixo de praia.Foi transferido para o Hospital de referência para o atendimento do AVC, através do suporte aeromédico em tempo hábil para realizar a trombólise e manejo clínico do quadro de AVC, confirmado após a tomografia, evoluiu com estabilização do quadro e o desfecho clínico de 48horas e 30 diasfoi favorável, recebeu alta médica com seguimento ambulatorial.Equipes treinadas e capacitadas no atendimento das grandes emergências cardiovasculares salvam mais vidas em 30%, contribuindo para uma melhor reinserção em suas atividades diárias profissionais e pessoais. Conclusão:Protocolos clínicos aplicados para os casos suspeitos de IAM e AVC impactam positivamente na morbimortalidade, Equipes treinadas e capacitadas no atendimento das grandes emergências cardiovasculares salvam mais vidas.