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Cardioversão elétrica em pronto atendimento em São Paulo: Alta pós procedimento versus internação

Fernanda de Souza Cunha, Adilson Santos Andrade, Aline dos Anjos Chaves Basilio, Daniella Cristina Bueno Iozzi, Gualtiero Barbosa de Araujo, Pamela Maira de Petta, Rosianne de Vasconcelos, Vivian Vieira Rodrigues
HOSPITAL DO CORAÇÃO - - SP - BRASIL

Cardioversão Elétrica em Pronto Atendimento em São Paulo: Alta Pós-Procedimento versus Internação

 

Introdução

A cardioversão elétrica é uma intervenção eficaz no manejo de arritmias como fibrilação atrial (FA) e flutter atrial, essencial para pacientes que necessitam de recuperação do ritmo sinusal com baixo risco de complicações. Este procedimento é particularmente relevante para casos de FA persistente ou paroxística sintomática refratária a outras abordagens. A realização em caráter de emergência é indicada em situações de instabilidade hemodinâmica, ponderando-se o risco de eventos trombóticos.

Objetivo

Avaliar a proporção de pacientes submetidos à cardioversão elétrica em pronto atendimento que recebem alta imediatamente após o procedimento em comparação com os que necessitam de internação.

Método

Foi conduzido um estudo retrospectivo com 367 pacientes que passaram por cardioversão elétrica eletiva para tratamento de FA ou flutter atrial num pronto socorro de São Paulo, precedido por ecocardiograma transesofágico. A seleção ocorreu via análise de registros eletrônicos, excluindo-se 52 pacientes por reversão espontânea do ritmo ou investigação de outras patologias cardíacas.

Resultados

Dos 315 pacientes avaliados, 74,48% eram homens e 25,52% mulheres, com média de idade de 62 anos para homens e 74 para mulheres. A maior parte (84,13%) foi tratada no pronto socorro e 15,87% na unidade coronariana. Após o procedimento, 73,77% receberam alta, enquanto 26,23% foram internados para observação ou tratamento adicional.

Discussão e Conclusão

A análise indica que a maioria dos pacientes submetidos à cardioversão elétrica pode ser seguramente liberada após o procedimento. Isso reflete uma eficácia significativa na restauração do ritmo sinusal e um manejo clínico eficiente que minimiza a necessidade de internação. A internação após cardioversão, por outro lado, sugere casos mais complexos, que talvez demandem monitoramento ou intervenções adicionais. Este estudo reforça a importância de uma avaliação criteriosa para a tomada de decisão entre alta e internação pós-cardioversão, visando otimizar o cuidado ao paciente e a utilização de recursos hospitalares. Pesquisas futuras deverão focar na identificação de marcadores preditores de sucesso do procedimento e na estratificação de risco para complicações, aprimorando as diretrizes para alta segura.

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