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Alterações na frequência cardíaca de recuperação em indivíduos com Síndrome pós-covid 19

Bravo GMM, Obiora JO, Bento CGA, Xavier I, Barbosa PS, Silva BG, Moura M, Vidotto MC
UNIFESP - Univers. Federal de São Paulo - São Paulo - SP - BRASIL

 

Avaliação da frequência cardíaca de recuperação em indivíduos com Síndrome Pós-COVID 19

RESUMO

Introdução: A Síndrome Pós Covid 19 é caracterizada pela persistência de sintomas e/ou complicações de longo prazo da infecção pelo Sars-Cov-2, incluindo manifestações cardiovasculares. Estudos recentes sugerem que pacientes com essa síndrome podem apresentar alterações na frequência cardíaca de recuperação (FCR), indicando possível disfunção na regulação do sistema nervoso autônomo. Objetivo: Avaliar possíveis alterações na FCR em indivíduos que desenvolveram a Síndrome Pós Covid 19 e investigar associações entre essa variável e a gravidade da Covid 19. Métodos: Realizamos um estudo transversal com adultos com idade superior a 18 anos, de ambos os sexos, diagnosticados com Síndrome Pós Covid 19. Os pacientes foram submetidos a uma avaliação inicial para registro de informações sobre comorbidades, hábitos de vida e história da Covid 19. A FCR foi registrada com um cardiofrequencímetro a cada minuto de recuperação após o Shuttle Walking West (SWT), nos minutos 1, 2, 3, 4 e 5. Análise dos resultados: Os dados foram avaliados descritivamente. As variáveis categóricas foram apresentadas em percentual e as variáveis numéricas como média e desvio-padrão.  A FCR foi apresentada em variação percentual da FCR. Resultados: A média de idade dos pacientes foi 61,3 anos, com 84,6% de homens e 15,4% de mulheres. A maioria dos pacientes tinham hipertensão (69,2%) ou diabetes (38,5%), eram ex fumantes (69,2%) e 23,1% usavam betabloqueadores. O tempo médio de apresentação da Síndrome Pós Covid 19 foi de 34 meses. Quanto à gravidade da Covid 19, os pacientes foram classificados em leve (7,7%), moderada (38,5%) e grave (53,8%). A distância média percorrida no SWT foi de 53% do predito e a média do percentual da FCR nos minutos 1, 2, 3, 4 e 5 foi de 17,5%, 24,9%, 23,9%, 27,6% e 28,1%, respectivamente. Em relação à gravidade, a variação percentual da FCR foi maior nos pacientes moderados do que nos graves(fig 1) e os pacientes moderados percorreram uma maior distância do predito no SWT em comparação aos graves. Conclusão: Os resultados sugerem possíveis alterações na FCR em indivíduos com Síndrome Pós Covid 19, além de destacar associações entre essa variável e a gravidade da Covid 19. Mais estudos são necessários para elucidar os mecanismos subjacentes e as implicações clínicas dessas alterações.

 

Figura 1: Relação entre a variação percentual da FCR sobre a FC máxima e a gravidade da Covi 19. 

Legenda: FCR: frequência cardíaca de recuperação; FCmáx: frequência cardíaca máxima.

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