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Extensão regional do avanço da insuficiência cardíaca no Brasil

Jéssica Leilane Romero da Silva, Ana Clara Fernandes, Carla Veras Yigashira de Oliveira , Gabriel de Moraes Mangas, Pedro Henrique Gibram Gontijo, Bruna Zanella, Sérgio Fernando Rodrigues Zanetta
CUSC - São Paulo - SP - Brasil, UFMG - Belo Horizonte - MG - Brasil, UFF - Niterói - RJ - Brasil, UNOCHAPECO - Chapecó - SC - Brasil

 

Introdução: A Insuficiência Cardíaca (IC) é um distúrbio que gera sintomas debilitantes. Ela configura-se um problema de saúde pública, com o título de principal causa de internações e óbitos no Sistema Único de Saúde (SUS). Estima-se que cerca de 2 milhões de brasileiros sofram com a doença, e há aproximadamente 240 mil casos novos por ano. Objetivo: Identificar a incidência e os óbitos por Insuficiência Cardíaca no Brasil, entre os anos de 2018 a 2023. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal desenvolvido pelo banco de dados do TABNET do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (Datasus) correspondente a série histórica 2018-2023. Foram analisadas todas as faixas etárias e ambos os sexos internados sob o diagnóstico de IC, correspondente ao código I50 na Classificação Internacional de Doenças (CID-10). Para a obtenção do Coeficiente Geral de Mortalidade (CGM), foram utilizados os dados do censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2022. As variáveis analisadas incluem: “ano processamento”; “sexo” e “região”. Resultados: As taxas de mortalidade por IC nos homens são maiores durante quase todas as faixas etárias, exceto acima de 60 anos, que predominam os óbitos femininos. Comparando os anos de 2018 a 2023, o ano com maior número de internações foi 2023 (204.995); já com o menor número foi 2021(163.453) seguido de 2020 (169.693). Nesse sentido, ressalta-se que 2020 e 2021 foram anos da pandemia da Covid-19 e, acredita-se que o efeito pandêmico causou medo na população levando à uma diminuição da procura por auxílio médico, ocasionando menor número de consultas, internações e óbitos por doenças que não fossem a Covid-19. Comparando-se as regiões do Brasil, a região com maior CGM é a Sul, que apresenta cerca de 22 óbitos a cada 1000 habitantes, seguido do Sudeste com um CGM de 20 óbitos para 1000 habitantes.  Conclusão: As taxas de incidência e mortalidade de IC estão aumentando ao redor do país, o que requer, portanto, maior atenção. Entretanto, as pesquisas que relacionam o índice de mortalidade com as regiões do Brasil ainda são escassas. Diante disso, urge a importância de estratégias abrangentes na saúde pública que visem prevenir, diagnosticar e tratar a IC de forma eficaz, para reduzir seus impactos  na saúde da população brasileira.

 

 

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