As doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo, com um destaque maior para o Infarto agudo do miocárdio (IAM). Segundo dados do Datasus, Brasília (BSB) em 2018 apresentou uma taxa de mortalidade de 6,32% para IAM, o que faz necessário repensar o processo de tratamento. Objetivo: Analisar os dados da linha de cuidado do IAM em BSB e seu impacto na mortalidade hospitalar por IAM. Metodologia: Em 2018, a Secretaria de Saúde implementou o projeto Sprint, uma iniciativa apoiada pela Boehringer Ingelheim, que visa organizar o fluxo de tratamento para IAM com supra ST, capacitando profissionais e disponibilizando nas portas de urgência e emergência a tecnologia JOIN®, uma ferramenta de comunicação que permite troca de informações médicas entre as equipes multidisciplinares em tempo real. Esse trabalho consiste um estudo observacional retrospectivo, onde pudemos analisar a taxa de internação e a taxa de óbito hospitalar por IAM, disponibilizados no Datasus, entre os anos de 2018 e 2023. Resultado: Nesse período, 4891 profissionais foram treinados, e observamos uma redução da taxa de mortalidade hospitalar de 36% (6,32% em 2018 versus 4,05% em 2023). No que se refere ao número de internações, observamos um aumento de 16% devido à sensibilização no diagnóstico, uma redução de 35% no número de internações por insuficiência cardíaca (IC) (2.963 em 2018 versus 1.934 em 2023) e uma redução da taxa de mortalidade por IC em 10% (8,88 em 2018 versus 8,01% em 2023); a IC é uma das complicações mais frequentes em paciente com infarto quando não há um tratamento adequado. Conclusão: A estruturação da linha de cuidado do IAM garantiu aos pacientes mais acesso ao tratamento, reduzindo assim a taxa de mortalidade e taxa de complicações mais frequentes nesses pacientes.