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Teste do degrau de 6 minutos: uma alternativa para o cálculo da frequência cardíaca de treino em pacientes hipertensos.

Salmistraro, MSRB., Silva, LM., Galembeck, G., Guerra, RLS., Nadruz, W Jr., Coelho-Filho, OR., Antunes-Correa, LM
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) - Campinas - SP - Brasil

Introdução: O teste do degrau de 6 minutos (TD6M) é um teste simples e de baixo custo. Alguns autores sugerem que ele pode ser uma alternativa para avaliação funcional, na ausência do teste ergométrico ou teste de esforço cardiopulmonar (TECP). Entretanto, poucos estudos avaliaram o comportamento da frequência cardíaca máxima (FCmax) no TD6M, como alternativa para o cálculo da FC de treino. Nosso objetivo foi analisar a FC obtida no TD6M, TECP e fórmula preditiva em pacientes hipertensos, com e sem uso de betabloqueadores, para o cálculo da FC de treino. Métodos: Estudo piloto e crossover, incluindo 12 pacientes hipertensos em uso de betabloqueador (CBB) e 12 pacientes hipertensos sem uso de betabloqueador (SBB). Os pacientes realizaram duas avaliações, que incluíram TD6M e/ou TECP, de acordo com a randomização, com intervalo de até 30 dias. Para o cálculo da FC de treino, pela fórmula de Karvonen, nas intensidades 40 e 60%, foi considerada a FCmax do TD6M, TECP e fórmula preditiva (FC predita = 220-idade). As características dos grupos foram avaliadas pelo teste T de Student ou Qui-quadrado, as diferenças entre os testes e FC preditiva pelo teste de Kruskal-Wallis, e as correlações pelo teste de Pearson. Resultados: Os dois grupos apresentaram características físicas e comorbidades semelhantes. A FCmax predita (166±8bpm) foi maior que a FCmax no TD6M (128±17bpm, p<0,001) e no TECP (135±24bpm, p=0,005) no grupo CBB, enquanto no grupo SBB (166±9bpm) foi maior que no TD6M (143±18bpm, p=0,01), mas semelhante ao TECP (148±21bpm, p=0,13). Os valores de FC nas intensidades 40 e 60% usando o TD6M (95±9bpm, p<0,001 e 106±12bpm, p<0,001) e TECP (98±12bpm, p=0,001 e 110±16bpm, p=0,001) foram menores do que a FC de treino calculada pela FC preditiva no grupo CBB (111±5bpm e 129±6bpm), mas não no grupo SBB. Adicionalmente, encontramos correlação forte entre FCmax do TD6M e FCmax do TECP, no grupo CBB (r=0,77, p=0,003) e no grupo SBB (r=0,66, p=0,02). No entanto, não houve correlação entre FCmax predita e TD6M (CBB: r=0,02, p=0,96; SBB: r=-0,09, p=0,96); e entre FCmax predita e TECP (CBB: r=0,27, p=0,40; SBB: r=0,26, p=0,42). Resultados semelhantes foram encontrados quando calculamos os percentuais de FC de treino. Conclusão: A FCmax é semelhante no TD6M e TECP, mas diferente da FCmax predita. Nossos achados sugerem que o TD6M pode ser uma alternativa para avaliação da FCmax, e assim, para o cálculo dos percentuais de FC de treino em pacientes hipertensos, especialmente em uso de betabloqueador.

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