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TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

PREDITORES DE RISCO NA INVESTIGAÇÃO DIAGNÓSTICA DE DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA ESTÁVEL

Júlia Fernanda Guckert Becker, Bruno Daniel Renzi, Ana Paula Deluca, Franciani Rodrigues da Rocha, Ottavia de Vasconcelos Zainho Helbok, Caroline de Oliveira Fischer Bacca
Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí - Rio do Sul - Santa Catarina - Brasil

Fundamentos: a Doença Arterial Coronariana (DAC) estável é caracterizada pela redução do aporte sanguíneo coronariano e isquemia miocárdica. Seu diagnóstico é confirmado pela cinecoronariografia, mas exames não invasivos e avaliação clínica são fundamentais nesse processo. Métodos: estudo transversal, analítico e observacional, conduzido através de coleta de dados médico-hospitalares, englobando pacientes submetidos à cinecoronariografia eletiva para diagnóstico de DAC estável. Análise estatística: os dados foram analisados no softwareStatistical Package for the Social Sciences, com análise descritiva, aplicação do teste Qui-Quadrado de Pearson e regressão logística binária, p-valor <0,05 foi considerado significativo e resíduos ajustados (ra) > 1,96 foi usado para indicar maior prevalência. Resultados 131 pacientes foram incluídos no estudo, com idade média de 62±10,5 anos, 58,8% masculinos, 93,3% brancos, 78,6% hipertensos, 61,4% portadores de dislipidemia e 48,9% com histórico de tabagismo. O diagnóstico de DAC foi confirmado em 57,3% desses pacientes, com predomínio de lesão uniarterial (49,9%). 84,7% dos pacientes apresentavam sintomatologia compatível com DAC, 63,4% realizaram um teste ergométrico, 46,5% um ecocardiograma de estresse e 4,6% uma cintilografia de perfusão miocárdica. A sintomatologia positiva apresentou uma sensibilidade de 93,3% (ra = 3,2; p< 0,01) para o diagnóstico, sendo demonstrada como um preditor de risco (OR = 5,1; p = 0,01), enquanto a ausência de uma clínica compatível determinou um fator protetivo (OR = 0,15; P = 0,01). Os testes não invasivos demonstraram um desempenho semelhante, com uma sensibilidade de 81,4% para o teste ergométrico (ra = 3,9; p< 0,01) e 77,8% (ra = 3,3; p< 0,01) para o ecocardiograma de estresse. Ambos os testes, quando positivos, foram associados a uma maior prevalência de DAC (OR = 5,2; p = 0,01 para o teste ergométrico e OR = 5,6; p = 0,01 para o ecocardiograma de estresse). Resultados negativos ou inconclusivos em ambos os testes foram demonstrados como fatores de proteção. Todos os pacientes submetidos à cintilografia apresentaram o achado de DAC obstrutiva. Conclusões: conclui-se que a sintomatologia da doença arterial coronariana desempenha um papel crucial na avaliação diagnóstica e os testes não invasivos também se apresentaram com um bom desempenho na identificação de DAC obstrutiva.

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