SOCESP

Tema Livre

TRABALHOS APROVADOS > RESUMO

Acesso transradial distal na tabaqueira anatômica na cardiologia intervencionista

Rodrigo Dantas Ferraz, Roberto Ramos Barbosa, Bruno Pignaton Ruschi de Aragão, Lucas Crespo de Barros, Rodolfo Sylvestre, Vítor Lorencini Belloti, Guilherme Freitas Oliveira, Renato Giestas Serpa, Luiz Fernando Barbosa, Darlan Dadalt
Hospital Santa Casa de Misericórdia de Vitória - Vitória - ES - Brasil

Introdução:

Um novo acesso arterial distalmente à artéria radial através da tabaqueira anatômica foi recentemente descrito para procedimentos intervencionistas coronários. No entanto, não há dados suficientes comparando as vantagens e limitações do acesso radial distal (ATRd), acesso radial convencional (ATR) e acesso transfemoral (ATF). O objetivo deste estudo foi comparar os três locais de acesso em relação à dor local e complicações durante ou após procedimentos intervencionistas coronarianos.

 

Métodos:

Este estudo prospectivo observacional unicêntrico incluiu 211 pacientes submetidos a cateterismo cardíaco ou intervenção coronária percutânea, divididos em três grupos: ATRd (n=69), ATR (n=71) e ATF (n=71). O local de acesso foi escolhido a critério de três operadores. Nós administramos um questionário a todos os pacientes, abordando dor ou desconforto local durante ou após o procedimento e a ocorrência de possíveis complicações como palidez distal, sangramento local e coloração roxa no local do acesso.

 

Resultados:

Dor no local de acesso durante o procedimento foi relatada com maior frequência no grupo ATR (ATRd 15,9% vs. ATR 32,4% vs. ATF 15,5%). Não houve diferenças na ocorrência de dor local após o procedimento em todos os três grupos (29,6% no grupo ATRd, 28,2% no grupo ATR e 26,8% no grupo ATF). A intensidade da dor, quando ocorreu, foi maior no grupo ATRd (ATRd 5,8 vs. ATR 4,8 vs. ATF 4,6 em uma escala de 1 a 10), assim como a sua duração (ATRd 13,7 vs. ATR 7,6 vs. ATF 8,2 dias). Apenas dois eventos hemorrágicos locais foram relatados, ambos no grupo ATF. Não foram registradas complicações maiores.

 

Conclusões:

A ocorrência de dor local no local da punção após procedimentos intervencionistas coronarianos não diferem entre os três grupos. O grupo ATRd apresentou menor incidência de dor durante o procedimento quando comparado ao ATR e menor incidência de cor roxa quando comparado ao ATF. No entanto, a intensidade e a duração da dor foram maiores no grupo ATRd quando a dor foi relatada. Utilizar o ATRd para procedimentos coronarianos é uma estratégia viável e segura em casos selecionados.

Realização e Secretaria Executiva

SOCESP

Organização Científica

SD Eventos

Agência Web

Inteligência Web
SOCESP

44º Congresso da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo

30 de Maio a 01 de Junho de 2024