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Perfil epidemiológico do procedimento de coarctação da aorta em crianças e adolescentes no período de 2017 a 2023 no Brasil

Nathalia Cristina Domingues Ribeiro, Cláudia Regina dos Santos Fortes
Universidade Paulista - Santana de Parnaíba - SP - Brasil

INTRODUÇÃO

 

As cardiopatias congênitas, como a coarctação da aorta (CoA), constituem uma importante causa de morte na infância, com a CoA representando 8% dessas malformações cardíacas.

 

O estreitamento da aorta ocorre após a origem da artéria subclávia esquerda, aumentando a pressão no ventrículo esquerdo. Frequentemente subdiagnosticada, a CoA pode levar à hipertensão arterial e à insuficiência cardíaca. O manejo baseia-se em diretrizes internacionais que enfatizam a correção precoce para reduzir a morbidade. A correção cirúrgica depende de critérios específicos. No Brasil, a falta de estudos quantitativos sobre a incidência da correção da CoA contrasta com sua prevalência, sugerindo um aumento de casos devido a avanços diagnósticos e cirúrgicos. Este estudo visa quantificar a taxa de ocorrência de correção da CoA em crianças e adolescentes (CrAd) nos últimos 7 anos no Brasil.

 

MÉTODO

 

Estudo transversal descritivo coletou dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) de janeiro/2017 a dezembro/2023 sobre cirurgias de correção de CoA em CrAd. Incluiu-se pessoas de 0 a 18 anos. Analisou-se o número de cirurgias por região, idade e ano, calculando a taxa de incidência anual de correções, por casos e número total de CrAd na população com base nos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, calculou-se a média anual de correções por região.

 

ANÁLISE ESTATÍSTICA E RESULTADOS

 

As taxas de incidência anual de correções de CoA são detalhadas na tabela 1.

Fonte: SIH/SUS, IBGE. *Valor médio.

 

A incidência anual de correções de CoA variou durante o período estudado, com aumento entre 2017 e 2019, queda entre 2020 e 2022 e novo aumento em 2023, totalizando 772 casos. O gráfico 1 apresenta a média anual de correções por região.

 

Fonte: SIH/SUS, IBGE.

 

Os dados mostram que no nordeste e no centro-oeste, o maior número de casos ocorreu em 2018 (25 e 22 casos, respectivamente), no sudeste, em 2019 (76 casos), e no sul e no norte, em 2023 (38 e 7 casos, respectivamente). Observa-se maior incidência no sudeste e sul. E menor incidência, no centro-oeste e norte.

 

CONCLUSÃO

 

Este estudo destaca a importância do entendimento da CoA e da correção precoce para reduzir a morbidade. Foram realizados 772 procedimentos em CrAd nos últimos 7 anos, principalmente nas regiões Sudeste e Sul (71%). Houve um aumento na incidência de procedimentos entre 2017 e 2019, seguido de redução entre 2020 e 2022, possivelmente influenciada por fatores externos, como a pandemia de COVID-19.

 

 

 

 

 

 

 

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